"Talvez ir para o auditório e atirar cocktails molotov, atirar setas, esfaquear pessoas". Seria esta a vontade do estudante de 19 anos que hoje começou a ser <a href="https://www.jn.pt/justica/estudante-suspeito-de-terrorismo-assume-vontade-de-esfaquear-pessoas-15264433.html" target="_blank">julgado</a> por ter planeado um ataque na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em fevereiro. Ou não. João Carreira acabou por dizer em tribunal que, afinal, não teria coragem para matar, que a sua ideia era "péssima".
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Acusado de dois crimes de terrorismo e de um crime de detenção de arma proibida, o jovem reconheceu que "é moralmente errado" matar, admitindo como motivações do seu plano o facto de na altura estar deprimido e de "querer a atenção das pessoas da comunidade". Foi detido a 10 de fevereiro pela PJ, que encontrou na sua casa os preparativos para um atentado no estabelecimento de ensino em que estudava Engenharia Informática.
Apesar de o alvo ser muito específico - um auditório em dia de exames, em que estariam 50 pessoas -, João Carreira adiou o plano várias vezes e isso mesmo foi salientado pelo seu advogado, Jorge Pracana, à entrada para o Juízo Central Criminal de Lisboa. A defesa entende que o ataque nunca iria para a frente. Mas, se o estudante for considerado culpado, pode ser condenado a 25 anos de cadeia. Na sessão desta terça-feira, ficou ainda a saber-se que a Polícia Judiciária começou a monitorizar o estudante alguns dias antes da detenção, pois os inspetores tiveram de esperar por um mandado de busca que lhes permitisse entrar na casa dele.
Enquanto aguardamos o desfecho do caso, temos já como certo que o apoio de 125 euros prometido pelo Governo chega nesta quinta-feira a 500 mil pessoas. O anúncio foi feito pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, à margem de um almoço-debate que decorreu em Lisboa.
Com a crise energética a pairar sobre as cabeças de todos nós, e depois de termos ficado a saber que a entidade reguladora do setor anunciou um aumento de 1,1% da eletricidade no mercado regulado a partir de 1 de janeiro, a EDP decidiu atrasar a faturação de outubro, com vista à aplicação da taxa reduzida de IVA. Assim, a empresa vai esperar pela publicação, em Diário da República, da lei que prevê a descida do IVA de 13% para 6% para consumos até 100 kWh mensais de eletricidade.
Entretanto, a Galp esclareceu que ainda não é claro se as inundações na Nigéria, principal fornecedor nacional de gás natural, vão causar ruturas adicionais de abastecimento. Pode ouvir as explicações do jornalista António José Gouveia aqui.
Olhemos agora para o desporto. Depois dos oito "tomba-gigantes" da terceira eliminatória da Taça de Portugal (foram eliminados Marítimo, Santa Clara, Paços Ferreira, Boavista, D. Chaves, Rio Ave, Portimonense e Sporting), o sorteio para a próxima ronda ditou que o Benfica vai defrontar o Estoril, ao passo que o F.C. Porto tem encontro marcado com o Mafra.
Do Irão chegou-nos mais uma triste notícia. Depois da morte de Mahsa Amini, cujos ecos ainda se fazem sentir em manifestações à escala global, ficámos a saber que Asra Panahi, uma estudante de 16 anos, foi espancada até à morte na sala de aula pelas forças de segurança, por se recusar a cantar um hino de elogio ao líder supremo, o aiatola Ali Khamenei.
O que vale é que, por muitas voltas que o Mundo dê, temos sempre os Stones. A banda de Mick Jagger, que continua imparável aos 79 anos, anunciou o lançamento de um novo álbum de originais, ao fim de 18 anos.
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