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Terminou uma época particularmente estranha para o meu clube. Penso que o recorde de pontos atingido, no novo modelo pontual, não é o único: cinco treinadores também o deverá ser. Este último, o jovem Rui Cunha carimbou uma vitória importante sob a sua liderança.
O Vitória jogou contra uma das equipas mais venenosas e letais do campeonato. E isso tornou a ver-se. Apesar do domínio inicial do Vitória, bastou uma pequena “distração” para o Arouca se acercar com perigo da baliza de Varela, criar chances e marcar ainda na primeira parte. Mas a equipa do Vitória é uma espécie de organismo. Adapta-se rapidamente ao meio ambiente, às circunstâncias, e sobrevive.
A segunda parte do Vitória é irrepreensível. Os jogadores tiveram critério, entrega e construíram uma vitória justa para nosso agrado, e, em especial, para aqueles que tiveram a religiosa disponibilidade de ir almoçar uma divina posta arouquesa.
Uma época tão atribulada quanto esta não o foi no desempenho. O grupo de trabalho (treinadores, jogadores, dirigentes) conseguiu cozinhar uma deliciosa sopa de pedra. A vontade dos jogadores em construírem, pela união, um organismo adaptável, merece o respeito de todos: os adeptos indefetíveis. Por outro lado, não se atribuir o segundo golo ao Jota, parece-me, claramente inconstitucional. Injusto é, seguramente.
Na passada crónica critiquei Bruma pelos seus festejos no golo que marcou em Guimarães. Acho inadmissível este tipo de atitudes! Não o fiz, contudo, relativamente a João Mendes na pedreira, numa situação algo similar. Penitencio-me por isso.
*Adepto do V. Guimarães