Um pouco por todo o lado o regresso à normalidade, ou o que é possível de ser considerado como normalidade, acontece em escolas, empresas e organismos.
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Esse regresso está a acontecer com um grau elevado de insegurança e ansiedade. Mas podemos e devemos fazer mais, no intuito de criar zonas de conforto e um verdadeiro sentimento de segurança, junto das famílias e dos trabalhadores.
A construção desse sentimento passa por encontrar formas de responder eficazmente ao principal anseio de todos. Estamos ou não infetados? Esta é a pergunta e a dúvida que paira em cada ajuntamento com mais ou menos pessoas. Enquanto aguardamos (e desesperamos) pela chegada da vacina, precisamos de encontrar novos mecanismos que nos permitam garantir um controlo mais eficaz deste vírus. Chamo, por isso, a atenção para os testes Antigen que estão a ser desenvolvidos pelo MIT entre outros, e cuja FDA, nos Estados Unidos da América, já aprovou. Não tem merecido a atenção que devia no nosso país.
São testes rápidos através dos quais indicam, apenas com saliva e uma folha de papel molhado no reagente, se a pessoa está em fase de contágio ou não. Simples e eficaz. Cada teste tem um preço atrativo e após aprovação da Agência Europeia de Medicamentos, poderá ser produzido e vendido na União Europeia. É pois urgente a aprovação destes novos testes para que seja possível aplicá-los ao nosso dia a dia de forma massiva.
Com custos marginais baixos podemos testar diariamente todas as turmas de uma escola, ou todos os utentes num lar, ou até mesmo todos os clientes de um ginásio, ou mesmo todos os participantes num evento. Isto muda o paradigma. Todos procuramos com urgência um novo normal, e este pode ser um caminho; entrarmos em qualquer espaço "covid safe" sem as restrições que hoje sofremos. E pode fazer a diferença fundamental para salvar economicamente muitos setores de atividade afetados pela pandemia. É mais um exemplo que pode ser muito útil.
*Engenheiro e autarca do PSD