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Uma boa vitória em Chaves deu à minha equipa (ainda) mais ânimo para o resto dos jogos que faltam. No campeonato e na Taça de Portugal. Além das boas exibições dos autores dos golos, destacaria a presença e qualidade de Nélson Oliveira na frente. O avançado português, na equipa com mais jogadores nacionais (de longe), parece estar por aqui há uma eternidade, tal a forma como combina e joga com os companheiros. Um deles, o Jota, deverá estrear-se pela seleção nacional. Um prémio justo, numa história de determinação e entrega ímpares que o definem enquanto profissional. Não é uma história de fadas, não senhor: é uma história de trabalho e de justa recompensa.
A única coisa chata foi a derrota do Chaves. Aflige-nos (julgo que falarei pela maioria dos vitorianos) ver a equipa flaviense numa situação tão precária. Não merece. É uma equipa séria que representa uma região especial.
Fui a Chaves várias vezes ver o Vitória (não desta vez) e sempre foi dos lugares, ao contrário de tantos outros sítios, que gostei de ir. Em Chaves sempre estive tranquilo, sempre comi bem, sempre troquei impressões serenas e fraternas com os adeptos adversários, sem nenhum problema ou tonta acrimónia, como deveria ser sempre no futebol. Cu
mpri em Chaves o meu serviço militar obrigatório, depois da minha recruta em Mafra. Fiquei a comandar um pelotão completo com miúdos da zona e para lá dos exercícios militares, sempre me dei bem, na conversa, com aquela gente franca e boa, respeitadora das origens. O tempo ajuda a memória a tranquilizar-se. Em relação a Chaves acho não ser aplicável, em mim, tal artifício.
Adepto do V. Guimarães