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A União Europeia dedicou o ano de 2022 à geração mais nova, designando-se como o “Ano Europeu da Juventude”. O objetivo era evidenciar a importância vital da juventude europeia na construção de um futuro mais ecológico, inclusivo e digital. Contudo, desafios como o acesso ao emprego, os crescentes custos com a habitação e a promoção da saúde mental persistem, e continuam a impactar a vida dos jovens europeus.
Atualmente, um jovem europeu deixa a casa dos pais, em média, após os 26 anos, enquanto em Portugal a idade média encontra-se estimada nos 30 anos. Problemas como o acesso à habitação e o desemprego jovem, que no final de 2023 se encontrava fixado nos 14,5% na União Europeia, são, sem dúvida, fatores cruciais que contribuem para uma realidade comum à qual é necessário dar resposta.
É essencial que a UE se comprometa a reduzir significativamente o número de pessoas que não estudam nem trabalham, assim como diminuir o desemprego jovem em, pelo menos, 50% e aumentar consideravelmente o parque habitacional público em cada Estado-membro. Para alcançar essas metas, é necessário um compromisso real e prioritário com os mais jovens. Investir na minha geração é investir no futuro da Europa.
Neste sentido, a juventude deve constituir uma área prioritária de intervenção no próximo mandato, quer no Parlamento Europeu quer na composição da Comissão Europeia. Se em Portugal já temos uma ministra da Juventude, porque não um vice-presidente da Comissão Europeia dedicado à tutela da juventude?