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As tensões geopolíticas atuais não são apenas sinais de tempos complexos, desafiantes e incertos, moldam diretamente o futuro de todos nós.
Como temos observado na campanha eleitoral norte-americana, a polarização política nas grandes potências intensifica-se e afeta profundamente o equilíbrio de forças internacionais.
As divergências entre os candidatos sobre o papel dos Estados Unidos no cenário mundial trazem consequências significativas para a cooperação global e para a estabilidade democrática. Além disso, o ressurgimento de políticas protecionistas e a tendência para o isolacionismo ameaçam as alianças internacionais, especialmente no Ocidente.
Nessas regiões, o apoio a países em conflito e a defesa de valores democráticos tornaram-se pontos de discórdia. Por outro lado, a fragmentação tecnológica reflete e agrava a divisão política, isolando blocos e limitando a cooperação internacional mesmo nos setores mais promissores.
As eleições norte-americanas refletem uma intensificação retórica e o receio de novos ataques à democracia, como o que aconteceu há quatro anos no Capitólio. Precisamos de líderes que reconheçam o valor das alianças e da cooperação, capazes de unir em vez de dividir. Só assim poderemos enfrentar desafios que transcendem fronteiras, como as mudanças climáticas e a defesa dos direitos humanos.
Num mundo em rápida transformação, a construção de um futuro sustentável e democrático não pode ser adiado e, para isso, precisamos de uns EUA que coloquem a cooperação e o bem-estar das próximas gerações no centro das suas políticas.