Corpo do artigo
Os resultados do acordo da COP29 ficaram aquém das expectativas, ainda que o financiamento climático tenha sido aumentado. O acordo alcançado é insuficiente e quem mais perde com a falta de compromisso de países como a Arábia Saudita ou a China somos nós, os jovens, e as gerações que nos seguem.
A Europa está na linha da frente, mas muitos não pensam no futuro, cegos pela ganância. A Europa não pode pagar sozinha o combate climático. A ausência de metas claras e vinculativas para a redução de emissões de carbono, bem como a continuidade de uma forte dependência dos combustíveis fósseis são, por isso, motivos de grande preocupação.
Não há mesmo Planeta B. As alterações climáticas têm efeitos trágicos e cada vez mais frequentes, tal como aconteceu com os incêndios em Portugal ou mais recentemente com as cheias em Espanha que tiraram a vida a mais de 200 pessoas. A preocupação dos jovens é crescente e legítima. As eleições nos EUA deram a vitória aos defensores do “drill, baby, drill” e agora no Azerbeijão os resultados foram insuficientes.
O que temos de exigir é mais ambição e mais coragem, do mundo, mas também de Portugal que apenas se comprometeu com nove milhões de euros anuais, o que é manifestamente insignificante. O combate às alterações climáticas tem de ser uma prioridade política de todos e tem de ser feito com base na evidência científica. A transição climática faz-se por via das tecnologias limpas, o chamado Cleantech. Só com base na educação, no conhecimento, na ciência, na produção científica e tecnológica conseguiremos superar os desafios que enfrentamos.