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Para quem vive ou estuda no Porto, a Queima das Fitas não é só uma festa. É uma semana que nos fica na pele, começa com a Monumental Serenata nos Aliados e culmina com o Cortejo Académico, com mais de 400 mil pessoas nas ruas. Contudo, o que se passa durante os oito dias de festa e tradição tem um peso muito maior do que muitos imaginam.
Um estudo realizado pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto revela que a maior festa de estudantes do país faz movimentar 28 milhões de euros, sendo o segundo maior acontecimento económico na Área Metropolitana do Porto. É o segundo maior acontecimento económico da região, só ultrapassado pelas Festas de São João. Não é coisa pouca.
Ainda assim, o mais impressionante não são os números, são os frutos. O dinheiro que entra nesta semana serve para sustentar todo o trabalho da Federação Académica do Porto durante o ano, desde o desporto à ação social, passando pelo trabalho político aos estudantes. E há exemplos concretos que mostram isto. A residência Academia 24, por exemplo, acolhe estudantes carenciados e só existe porque a Queima das Fitas do Porto ajuda a financiá-la. Falar de festa é também falar de oportunidades que ajudam a mudar vidas.
Há também um esforço crescente para garantir uma Queima das Fitas do Porto mais consciente. Em 2024, cerca de 70% dos resíduos gerados durante o evento foram reciclados. Este ano, a organização assumiu o compromisso de alinhar a Queima das Fitas do Porto com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, procurando torná-la mais verde, segura e acessível. Entre as metas futuras está a descarbonização progressiva do evento. Nada disto seria possível sem o trabalho de centenas de estudantes voluntários que, nos bastidores, asseguram a logística, a segurança e a organização. São eles que tornam viável o maior evento académico do país e trabalham arduamente para tornar esta semana mais bela e memorável.