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Nós sabíamos que este jogo comportava alguns riscos. Algum deslumbramento pela exibição em Sevilha poderia tirar o foco no Bessa. Daí que, para não fugir à regra, cerca de três mil vitorianos acompanharam a equipa para que ela não se esquecesse do propósito. E não esqueceu. O Vitória foi sempre superior ao Boavista, mas, terminou a primeira parte em desvantagem. Perante um adversário nervoso, temi pelo pior depois da desvantagem. Esperaria uma segunda parte com jogadores boavisteiros constantemente no chão, um chorrilho de asneiras arbitrais como as “faltas” assinaladas ao Vando sobre Salvador Agra. Mas a minha equipa, sem deslumbrar, foi competente, e até conseguiu fazer algumas jogadas interessantes. É possível que tenhamos deixado, definitivamente para trás, o mau arranque do ano de 2025.
Mas, na verdade, o nosso foco de adeptos também está na quinta-feira em que receberemos a excelente equipa do Bétis. Passar para os quartos de final da competição seria um prémio justo para a caminhada exemplar do Vitória na Liga Conferência.
Tal feito obrigaria as televisões a falarem (com justiça) mais do Vitória. Obrigaria mesmo. Chega a ser irritante ver, como vi num dos canais generalistas, no dia em que o Vitória empatou em Sevilha, no noticiário da noite, ver um resumo da derrota do Benfica do dia anterior, o empate do Manchester United e, a custo, mas só no fim, um resumo dos golos do jogo do Vitória. É esta a evangelização que se pratica há muito neste país e continua forte e dirigida. Mas nós, como sempre, resistiremos, ganhando ou perdendo.
*Adepto do V. Guimarães