No início desta semana, despedimo-nos do Papa Francisco - que foi muito mais do que o chefe da Igreja Católica. Francisco foi um farol de humanidade, empatia e compaixão, reconhecido por crentes e não crentes.
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Quis uma Igreja aberta a todos, todos, todos, como disse tantas vezes, mas foi, acima de tudo, um amigo incondicional da juventude. Em Lisboa, durante as Jornadas Mundiais da Juventude, olhou nos olhos de milhares de jovens e disse: “Não tenham medo”. E nós, católicos ou não, acreditámos.
Francisco foi um líder espiritual exemplar. Foi uma das vozes mais corajosas do nosso tempo na defesa da Liberdade, da Paz e dos mais frágeis. Representou, na sua essência, o verdadeiro sentido do serviço público: falar quando tantos se calam, agir quando tantos hesitam.
No seu último discurso, voltou a apelar a um cessar-fogo imediato em Gaza, pela libertação dos reféns e pela ajuda humanitária urgente. Estendeu o apelo à Síria, ao Líbano, ao Iémen e à Ucrânia. Denunciou ainda a corrida global ao armamento, num momento em que até a Europa parece resignada à lógica da guerra, e deixou um apelo claro: desarmamento, solidariedade e desenvolvimento humano integral.
Líderes de todo o mundo prestaram homenagem ao Papa Francisco. Mas a verdadeira homenagem será ouvir e seguir, finalmente, o que Francisco nos disse. Que o seu legado nos inspire a lutar, com coragem e esperança, por um mundo sem guerra e em paz.