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O Porto foi palco do III Congresso Cidades e Vilas que Caminham, juntando 250 congressistas e um enorme auditório online. Dezenas de municípios portugueses e espanhóis apresentaram boas práticas na promoção da caminhabilidade, face aos problemas de sociabilidade, ambientais e de saúde pública. Refletiu-se sobre modelos e soluções que podem encurtar caminhos, num tempo cada vez menor para o processo de planeamento. Os secretários de Estado da Mobilidade, Cultura e Ambiente marcaram presença, porque as opções exigem ações de mobilidade sustentável que reforcem a cultura e a identidade das cidades, enquanto arquivos vivos. O JN, na pessoa da sua diretora-geral editorial, moderou um debate com dois autarcas sobre as políticas de planeamento da mobilidade e o Governo das cidades. Saiu reforçada a necessidade de mais e melhor espaço público para a mobilidade pedonal e ciclável, essencial no acesso à rede de transporte público, que deve ser mais abrangente, ter mais frequência e interfaces de qualidade. Todos os caminhos foram dar ao espaço público, reforçando-o como o mais importante metro quadrado da cidade, porque é lugar da Polis, de inclusão, de sociabilidades urgentes e de liberdades imperdíveis. A ampliação e qualificação foi o compromisso do congresso e os exemplos de Pontevedra e Vitoria-Gasteiz e Bilbau inspiram um novo futuro. A valentia dos políticos com decisões corajosas e a maior literacia para a melhor compreensão das ações foram as grandes conclusões.