Manuel MolinosNão é preciso confinar a NetflixNa sequência do decreto-lei que instituiu o primeiro estado de emergência em Portugal, o Governo legislou no sentido de garantir a prestação de serviços de telecomunicações.
Manuel MolinosTrump banido do Facebook. E depois?Não chega expulsar Donald Trump. Nem bloquear contas, exigir a retirada de determinados conteúdos, apagar vídeos ou banir perfis, como Twitter, Facebook, Instagram e YouTube fizeram enquanto o terror ganhava forma no Capitólio.
Manuel MolinosOs abraços que nos faltam "Em momentos como estes, os que são realmente sortudos são aqueles que podem estar com as pessoas que mais amam", escreveu, em março, Tobias Baumgaertner.
Manuel MolinosTravão ao Ano Novo e às orientações ridículasFaz todo o sentido a mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa escrita ontem no site da Presidência da República a propósito de mais uma renovação do estado de emergência. "Ou celebramos o Natal com bom senso, maturidade cívica e justa contenção ou janeiro conhecerá, inevitavelmente, o agravamento da pandemia". O recado é simples. É claro. As famílias não precisam de criatividades. Nem de insólitas sugestões que incluem "visitas rápidas de familiares no quintal", troca de presentes "como compotas", ceia celebrada ao pequeno-almoço ou ao almoço da véspera e videochamadas com os avós. Caricatas, mas levadas a sério pela DGS quando proferidas pelo subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal.
Manuel MolinosO ódio da viúva e a ironia do ministroPercebe-se que o ministro da Administração Interna esteja nervoso. Entende-se que Eduardo Cabrita esteja inquieto com o desenrolar do caso da morte de Ihor Homeniuk nas instalações do SEF e que levou à acusação de três inspetores daquele serviço por homicídio qualificado.
Manuel MolinosNatal perdido, Natal medido No final de 2018, a propósito dos festejos do novo ano que entrava, apelei, neste mesmo espaço, para não trocarmos um abraço por um like. Escrevia sobre as preocupações das pessoas que, com a evolução tecnológica, colocaram, por exemplo, a falta de Wi-Fi ou de bateria nos smartphones ao mesmo nível da privação de bens essenciais ou instabilidade financeira.
Manuel MolinosOs filhos que o Governo não temPor estes dias, os portugueses que trabalham no setor privado não só têm de se preocupar em manter os seus postos de trabalho, como também serão forçados a procurar um local para deixar os filhos nos dias de tolerância de ponto para a Administração Pública.
Manuel MolinosEscutar quem escapou à morte Quatro meses em coma. Alucinações e transtornos psicológicos. "Há quem diga que só apanha quem não for forte. Eu fui à tropa e apanhei", explica António Rodrigues, de 53 anos. "Uma enfermaria de cuidados intensivos é uma coisa muito agressiva e complicada. Os enfermeiros e os auxiliares trabalham tanto. As pessoas não têm ideia. E ganham tão pouco. É incrível. Eu dava um espirro - em sentido figurado - e tinha três pessoas à minha volta", descreve Rui Ribeiro.
Manuel MolinosOs negacionistas da covid A Raquel está no Twitter. Deixo o apelido de fora propositadamente. Anteontem, a Raquel afiançava um bom dia. Assegurava que ia passear na rua de cabeça erguida, sorrindo para "os falsos doentes de máscara".
Manuel MolinosTrocar luzes de Natal por apoiosNas vésperas de Portugal entrar em estado de emergência, que dá cobertura legal a mais confinamentos regionais e ao inevitável recolher obrigatório, uma decisão tomada por Ángeles Muñoz, presidente da Câmara de Marbella, Espanha, desperta a atenção.
Manuel MolinosOs heróis não viram as costas Os sindicatos de enfermeiros não devem assustar a população com anúncios de greve. Este foi o ponto que António Costa não enunciou no sábado quando apelou ao dever cívico de todos e listou as cinco regras simples para ajudarmos no combate à covid, a saber; usar máscara nos locais fechados e na via pública, lavar ou desinfetar regularmente as mãos, cumprir a etiqueta respiratória, manter o distanciamento e utilizar a app StayAway Covid.
Manuel MolinosAs fotografias que podem salvar o Natal"Esta foto não é em Itália, nos Estados Unidos, na China ou num sítio qualquer longínquo. É no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, em Penafiel. Com profissionais da nossa terra, de Lousada. Pessoas conhecidas, nossas amigas, nossas familiares. Mais do que lhes bater palmas, que merecem sem sombra de dúvida, vamos contribuir com comportamentos responsáveis para evitar que continuem a trabalhar sob pressão, completamente exaustos".
Manuel MolinosErro no agendamento do luto nacionalHaverá um dia de luto nacional para cada morte que se segue? Percebe-se a homenagem que o Governo quer prestar aos mortos, em cemitérios vazios no Dia de Finados e, em particular, às mais de 2200 vítimas mortais da doença de covid-19. Entende-se o ato. Mas quando assistimos a algum desnorte e contradições nas medidas de combate à pandemia, a homenagem marcada para dia 2 de novembro poderá ser lida como mais um momento de marketing político.
Manuel MolinosStayAway do disparatePoderemos, no futuro, ser abordados por um polícia que além da identificação nos pede para fiscalizar o telemóvel? Os alunos serão obrigados a ter os telefones ligados na sala de aula? Há algum capítulo no Orçamento do Estado que preveja subsídios para a aquisição de smartphones da última geração?
Manuel MolinosSerá suficiente para termos Natal?Esta semana poderão ser anunciadas mais medidas de combate à expansão da covid-19. Tendo em conta que nos últimos dias 67% dos novos casos tiveram origem, segundo a Direção-Geral da Saúde, em convívios familiares e em festas de jovens universitários, um dado é certo: é impossível legislar sobre o que se passa dentro da casa de cada um de nós.
Manuel MolinosConversa de moscaNunca é um bom sinal quando uma mosca tem mais protagonismo que a mensagem daqueles que estão e podem vir a estar na vice-liderança de uma das maiores potências mundiais.
Manuel MolinosIndignos para receber herançasA imagem de um homem a agredir com um cinto um idoso, com mais de 90 anos, junto a uma rotunda de acesso a uma zona comercial, na cidade de Alcobaça, não tem muito tempo.
Manuel MolinosUso de máscara na rua. Sim ou não?O regresso às aulas, o aumento de casos de infeção e a aproximação da época gripal justificam o uso de máscara em locais ao ar livre com uma grande afluência de pessoas? A questão já tinha sido levantada antes das novas normas para o plano de contingência terem sido anunciadas. Agora, volta à ordem do dia.
Manuel MolinosO cabo dos trabalhosFlexibilizar os horários de trabalho é positivo desde que a medida não piore a organização familiar e social, já tão massacrada pela pandemia.
Manuel MolinosA app Covid e a teoria da conspiração Se dúvidas houvesse quanto à importância da aplicação StayAway Covid, as chamadas de contactos identificados através da ferramenta informática que começaram a chegar à linha SNS 24 acabaram com as incertezas.
Manuel MolinosHorários diferentes, problemas iguais As regras anunciadas por António Costa que vão entrar em vigor em Portugal Continental, na próxima terça-feira, aquando da passagem para situação de contingência, fazem sentido. Na grande maioria nem alteram substancialmente este período anormal que vivemos.
Manuel MolinosAs regras secretas do Avante O presidente da República levantou ontem uma questão que a maioria dos portugueses também gostava de ver respondida. Quais são afinal as regras sanitárias definidas pela Direção-Geral da Saúde para festa do Avante? A pergunta não pode ser vista como uma afronta ao Governo de António Costa. É legítima, é transversal a todo o país e, ao ser respondida, podia minimizar a polémica instalada.
Manuel MolinosPreparem-sePreparem-se. Dia 15 de setembro vamos ter medidas mais restritivas neste longo caminho de desconfinamento. Todo o país ficará em estado de contingência. O anúncio é justificado pelo Governo para preparar o regresso às aulas e o retorno de muitos portugueses ao seu local de trabalho.
Manuel MolinosO pior não é a segunda vaga"Em setembro, vamos ter muitos vidros partidos por aqui. Muita fome e desespero". A antevisão é de uma empresária do ramo da restauração, proprietária de um estabelecimento em Olhos de Água, Albufeira. No ano passado tinha 18 empregados. Este ano tem dois. "Só mantenho o restaurante aberto porque o imóvel é meu. Caso contrário, fazia como os outros: fechava a porta", explicou-me em demorada conversa, já que se contavam os clientes daquela noite pelos dedos de uma só mão.
Manuel MolinosO Brasil da extremista SaraChama-se Sara Winter. É o rosto de um extremismo desprezível, criminoso, fanático. Pior é que anda, por aí, nas redes, a promover o horror e o fascismo, a juntar maníacos e racistas. Sara Winter, principal porta-voz do grupo bolsonarista autodenominado "300 do Brasil" e que gosta de se exibir nas redes de armas nas mãos (fazendo lembrar a personagem Lara Croft, do videojogo Tomb Raider, mas numa versão a roçar o ordinário), já era conhecida por maus motivos. Foi investigada por promover notícias falsas e detida por promover atos antidemocráticos.