Associados da adega limiana, tida como a maior empresa do concelho, escolhem, este sábado, os corpos gerentes para o próximo triénio. Será a segunda vez que os sócios vão a votos em menos de um ano.
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Os associados da Adega Cooperativa de Ponte de Lima decidem, depois de amanhã, quem vai presidir, durante os próximos três anos, aos destinos daquela que é considerada a maior empresa do concelho. A votos apresentam-se duas listas, lideradas por Celeste Patrocínio (presidente demissionária) e Borges de Macedo que, em comum, assinalam que os problemas financeiros da instituição "já se arrastam há muito".
Será a segunda vez que os sócios - estimados em mais de dois mil - vão a votos em menos de um ano, devido a demissões consecutivas dos responsáveis pela adega limiana. Em Fevereiro do ano passado, a cooperativa havia caído num vazio directivo, depois de a antiga direcção se ter demitido em bloco, na sequência de alegadas incompatibilidades entre alguns dos associados.
No mês seguinte, Celeste Patrocínio viria a ser eleita presidente da adega, em acto eleitoral para o qual chegou a ser indicado como candidato Fernando Calheiros, ex-autarca de Ponte de Lima, que não chegaria, contudo, a avançar. No mês passado, seria a própria Celeste Patrocínio a pôr termo ao seu consulado à frente da adega limiana, pedido de demissão feito dias após a realização de assembleia geral em que a maioria dos sócios entendeu aprovar propostas relativas à remuneração dos órgãos sociais da adega e à distribuição dos cargos da direcção (com funções executivas).
Por falta de número suficiente de proponentes, não viria a realizar-se, no mesmo dia (29 de Novembro), uma outra assembleia geral (solicitada por perto de 300 associados) que tinha como único ponto da Ordem de Trabalhos a destituição do secretário e do tesoureiro da direcção, por motivos que não eram, então, conhecidos por nenhum daqueles responsáveis, segundo os próprios, na altura, afiançaram.
De salientar que, da direcção liderada por Celeste Patrocínio, os presidentes da Mesa da Assembleia Geral (Alberto Meireles) e do Conselho Fiscal (Noé Gomes) surgem, agora, como candidatos aos mesmos cargos, mas na lista liderada por Borges de Macedo, equipa que pretende apostar "em obter bons resultados nas vendas dos vinhos, de modo a melhorar a valorização das uvas e a situação financeira da adega".
Segundo os candidatos, não quer a equipa "perder tempo com guerras passadas, que só prejudicaram a adega e a sua imagem". Para Patrocínio, a adega "conseguiu, no último ano, reduzir as suas despesas de funcionamento e melhorar os resultados obtidos".