A comissão de utentes contra as portagens na A17, A25 e A29 levou hoje o protesto à Estrada Nacional (EN) 109, em Cacia, Aveiro, com um "buzinão" e distribuição de panfletos aos automobilistas.
Corpo do artigo
O congestionamento de tráfego no cruzamento da EN109 de ligação de Cacia à Póvoa do Paço, que serve de acesso à fábrica da Renault e a outras unidades fabris, foi o habitual, mas hoje com as buzinas a tocar para chamar a atenção para "o caos".
"Esta é a voz das dificuldades das populações, que exigem que se reponha a justiça", disse Miguel Bento, da comissão de utentes, entre os sons estridentes das buzinas de automóveis e camiões.
Aquele ativista salientou que a EN109 é uma via "completamente desajustada" para servir de alternativa às SCUT portajadas, provocando problemas às pessoas que se têm de deslocar diariamente de casa para o trabalho.
Assim, a luta para retirar os pórticos da A25, que corre paralelamente, "vai continuar, porque a situação está caótica".
Para Miguel Bento, a introdução de portagens afeta os cidadãos, mas também as pequenas e médias empresas da região, que têm no pagamento das respetivas tarifas "mais um imposto acrescido".
Conter custos é hoje uma preocupação de muitas dessas empresas, o que, segundo Miguel Bento, leva a que andem a circular pela EN109, por dentro das povoações, "camiões com matérias perigosas.
"Aveiro está cercada de portagens e as ditas alternativas são estas que, como se vê, estão completamente congestionadas", disse, acrescentando que esta semana ocorreu um pequeno acidente que foi o bastante para provocar quilómetros de fila.
O anúncio da possibilidade de serem ativados mais pórticos, nomeadamente entre Aveiro e a Barra, "deita por terra a bandeira de vitória de Ribau Esteves (presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro e da Câmara de Ílhavo) que dizia ter salvo o seu concelho de pórticos", considera a comissão de utentes no panfleto distribuído.
Já a colocação de um pórtico entre Maceda e Miramar, na A29, demonstra "falta de escrúpulos", dado que nesse troço "não foi colocado pagamento porque as condições da via não tinham características de autoestrada".
A comissão de utentes promete prosseguir a luta até serem retirados os pórticos nas antigas SCUT, "essenciais à dinamização da economia e para o emprego" na região.