Trabalho de limpeza acontece cinco anos depois do primeiro incêndio, que deixou 4 mil toneladas de resíduos depositados a céu aberto.
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Esta sexta-feira ao início desta tarde, será finalizada a retirada do lixo do interior do complexo do Cachão, resultante de dois incêndios, o primeiro dos quais, em 2013.
"É um dia marcante, porque será efetuada a última carga do plástico prensado, o que ardeu e o que ficou no interior do armazém, e dessa forma fica sanado um dos maiores problemas ambientais daquele complexo, com a retirada dos resíduos perigosos", refere a presidente da Câmara de Mirandela, que, a par do Município de Vila Flor, integram a Agro-Industrial do Nordeste (AIN) - empresa intermunicipal que gere o complexo.
No entanto, os trabalhos ainda vão continuar por mais alguns dias para retirar o material de entulho, que inclui resíduos de demolição.
Esta remoção dos resíduos foi adjudicada à empresa Ferrovial e representa um investimento de 266 mil euros, financiado pelo Fundo Ambiental.
O lixo esteve a ser encaminhado para o Centro Integrado de Valorização de Resíduos, no concelho de Vila Nova de Famalicão.
Este processo arrasta-se desde o primeiro incêndio, em setembro de 2013, num dos armazéns onde a empresa Mirapapel depositou plástico prensado e outro material. Já em fevereiro de 2016, num outro pavilhão, usado pela mesma empresa, deflagrou novo incêndio.
Em setembro, o resultado do concurso para a remoção das cerca de 4 mil toneladas de resíduos foi alvo de uma ação de impugnação que teve efeito suspensivo.
A AIN deu entrada no Tribunal com um pedido de levantamento do efeito suspensivo da providência cautelar e foi-lhe dado provimento, alegando que a suspensão da ação "seria um grave prejuízo para o interesse público".