Em comunicado, os comunistas lembram que existem promessas há mais de duas décadas, e exigem a calendarização das obras. Criticam ainda o "encurtamento" da linha da Trofa, que se ficará pelo Muro e não chegará à cidade.
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Lembrando os "sucessivos anúncios e promessas de financiamento e de construção de novas linhas de Metro, muitas das quais sem concretização", durante "mais de 20 anos", o PCP afirma que "é urgente calendarizar as obras e responder às necessidades". Designadamente, no que toca à linha da Trofa, que os comunistas consideram tratar-se de "um embuste", por o projeto apenas contemplar a ligação até à freguesia do Muro.
"Com cumplicidade dos órgãos metropolitanos, bem como de autarcas do PS e PSD, o Governo prepara-se para "encurtar" a linha de Metro da Trofa apenas até à freguesia do Muro, anulando a ligação até à Estação da Trofa, onde existe o terminal rodoferroviário, e deixando a malha urbana do concelho sem Metro", especificam os comunistas em comunicado.
"Esta opção não serve os interesses da Trofa nem da região. O que se exige é que o Governo honre o compromisso com a população a quem tirou uma ligação ferroviária (há mais de 20 anos) com o compromisso de a substituir pelo Metro durante a primeira fase do projeto", vinca o Partido Comunista.
Recorde-se que, tal como o JN avançou na edição de quarta-feira, as linhas de metro de Gondomar e Trofa, consideradas prioritárias para a Área Metropolitana do Porto, são as próximas a avançar. Estas ligações têm garantidas verbas da União Europeia, através do programa Sustentável 2030, num total de 3,7 milhões de euros.
No mesmo comunicado, o PCP diz que "não aceita o adiamento por tempo indefinido das linhas de São Mamede, circular e da Maia; assim como não aceita que se garanta (como já aconteceu várias vezes) a construção da linha da Trofa e de Gondomar sem um calendário de concretização".
"As notícias desta semana que confirmam, pela enésima vez, a prioridade à linha da Trofa e de Gondomar, bem como novo adiamento da linha de São Mamede (Fonte Cuco - Pólo Universitário), da linha circular (Casa da Música - Pólo Universitário da Asprela) e da linha da Maia (FEUP - centro da Maia), são mais um dos muitos anúncios a que entidades metropolitanas, CCDR e Governo nos foram habituando ao longo dos anos", salienta o PCP.
"Mais do que anúncios, o que a região precisa é de um calendário de concretização das várias linhas em falta, que se assegure o financiamento a partir de fundos públicos (incluindo do Orçamento do Estado) e que, de uma vez por todas, o Governo honre os compromissos que assumiu há muito com a região", exigem os comunistas.