Contra a corrente da crise, as termas de S. Pedro do Sul preparam-se para contratar centena e meia de trabalhadores sazonais. Número que pode duplicar, nos próximos meses, à conta dos serviços que gravitam à sua volta.
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A entrada dos sazonais na estrutura termal far-se-á em duas fases: 75 elementos ainda em Março, e outros tantos até ao final de Maio. A cargo da empresa municipal Termalistur, a selecção irá privilegiar os cidadãos residentes na área do município.
António Carlos Figueiredo, presidente da Câmara Municipal de S. Pedro do Sul (CMSPS), reconhece que o seu concelho será dos poucos, a nível nacional, a dar emprego numa altura de crise.
"Nos tempos que correm, somos um caso raro de empregabilidade a nível nacional: enquanto alguns despedem, nós admitimos. É importante sublinhar que isto só acontece, porque estas termas continuam a pontuar na preferência dos aquistas pela altíssima qualidade terapêutica das suas águas, das suas instalações, dos seus serviços e dos seus colaboradores", sublinha a fonte.
A exemplo do que sucede com os balneários termais, que necessitam de recorrer a mão-de-obra sazonal para prestarem um serviço de qualidade, o mesmo acontecerá com as unidades hoteleiras e outras empresas cujas actividades gravitam à volta das termas. "Creio que as 150 contratações duplicam na época alta à conta das actividades subsidiárias do termalismo", diz o presidente do município. Os dois balneários em funcionamento nas termas de S. Pedro do Sul (Rainha Dona Amélia e D. Afonso Henrique) registaram em 2008 um total de 20 mil aquistas. Um número que se tem mantido "mais ou menos estável" em muito devido "à fidelidade dos utentes", esclarece António Figueiredo.
Responsável por cerca de 1/3 da população termal portuguesa, S. Pedro do Sul conseguiu em 2008 um feito "quase histórico": subir cerca de oito por cento a sua população termal. "No mesmo período, o termalismo nacional baixo 11,5 por cento", diz o edil.
No ano em curso, a expectativa é grande relativamente ao que possa vir a acontecer, embora o optimismo seja igualmente a pedra de toque dos operadores termais. "Não arrisco a dizer que S. Pedro do Sul passará ao lado da crise. Seria precipitado. Mas acredito que apesar das dificuldades, vamos conseguir manter a nossa clientela", remata o autarca.