Os trabalhadores da empresa vidreira reuniram-se esta sexta-feira na Câmara Municipal de Loures para sensibilizarem o presidente da autarquia, Bernardino Soares, para o despedimento coletivo.
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Uma delegação composta por trabalhadores da Saint-Gobain Sekurit Portugal e por representantes da Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM) e do Sindicato da Indústria Vidreira (STIV) dirigiram-se à Câmara de Loures para "reafirmarem a oposição dos trabalhadores" face ao despedimento coletivo previsto na multinacional francesa.
Em comunicado, a FEVICCOM reafirma que " é possível evitar mais este crime económico-social, com impacto na economia do concelho e do país assim haja vontade".
Segundo a agência Lusa, "a Câmara Municipal de Loures, no distrito de Lisboa, já tinha aprovado na quarta-feira uma moção, por unanimidade, a repudiar a intenção da empresa Saint-Gobain Sekurit, localizada no concelho".
A empresa anunciou, na terça-feira, que vai cessar a atividade produtiva em Portugal "devido aos prejuízos acumulados nos últimos anos", tendo já iniciado o processo de despedimento coletivo dos 130 trabalhadores, informa a Lusa.
De acordo com a empresa, "face à situação que ao longo dos últimos anos tem penalizado os trabalhadores, que viram os seus salários congelados, a Saint-Gobain Sekurit Portugal irá propor indemnizações superiores às previstas legalmente, além de benefícios complementares ao valor da indemnização que, de algum modo, ajudem a compensar a perda dos postos de trabalho".
O autarca de Loures garantiu estar solidário com os trabalhadores da empresa.