Um total de 42 activistas foram pacificamente levados pela polícia, hoje, sábado, na sequência de uma manifestação não violenta contra a NATO, em Lisboa. <br /><br />» <a href="/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1712019">Participe aqui no debate sobre este segundo dia da cimeira</a>
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O protesto decorreu sem violência nas imediações do Parque das Nações, entre a Avenida Pádua Correia e a Avenida Infante Dom Henrique. O objectivo dos activistas, oriundos de Portugal e de outros países europeus, era impedir a passagem das delegações dos países participantes na cimeira.
No local, o super-intendente Jorge Barreira, do comando Metropolitano de Lisboa da PSP, explicitou ao JN que os manifestantes foram levados pela polícia por corte e ocupação da via pública e "outras situações que ainda estamos a averiguar". Segundo Jorge Barreira, foram 42 as pessoas levadas pela polícia.
À Lusa, outro porta-voz da PSP, refere que foram 20 o total de detidos.
Para a área foram rapidamente mobilizados vários agentes da polícia e dos bombeiros. Entre as 9.00 e as 11.00 horas, a circulação no cruzamento entre as duas vias foi bloqueada.
Os manifestantes derramaram tinta vermelha no chão, num acto simbólico daquele que consideram ser o sangue derramado nas acções bélicas da NATO.
Segundo alguns dos activistas, a polícia terá actuado de "forma a colocar em risco a integridade física" dos manifestantes.
"NATO game over!" era a mensagem de protesto que decorreu não apenas em Lisboa - local onde decorre a cimeira -, mas também em vários pontos da Europa, informam os activistas pacifistas em comunicado.
Além do Portugal, também "Espanha, Finlândia, Bélgica, Canadá, França, Alemanha, Holanda e Polónia juntaram-se numa acção não-violenta, exercendo o direito à desobediência civil, para se interporem à realização da Cimeira".
Segundo Jorge Paulo Antunes, do grupo português Contra a Guerra Age, os activistas recorreram "à desobediência civil para trazer à luz a violência e a tortura cometida pela NATO no Afeganistão".