<p>O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, admitiu hoje, quarta-feira, a existência de uma derrapagem entre 1,7 e 1,8 mil milhões de euros na execução orçamental deste ano.</p>
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O ministro, que está a ser ouvido na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças, disse que o "problema da execução em 2010 está fora do subsector Estado", afirmando que a Estradas de Portugal e as autarquias e regiões autónomas terão um desvio superior ao esperado.
Teixeira dos Santos disse que, no caso da Estradas de Portugal, o desvio será na ordem dos 580 milhões de euros e está relacionado, entre outros factores, com o atraso na cobrança de portagens e a receitas inferiores ao previsto na alienação de património.
O ministro acrescentou que a quebra da receita não fiscal representa "cerca de 400 milhões de euros" e as autarquias e regiões um desvio que "rondará os 200 a 250 milhões de euros".
Teixeira dos Santos disse que, no total, o desvio ascende a "1,7 a 1,8 mil milhões de euros", avançando que o valor será coberto com a receita extraordinária que o Governo espera obter com a transferência do fundo de pensões da PT para a Caixa Geral de Aposentações.