Mais de uma centena de pessoas está concentrada, ao início da tarde desta segunda-feira, no Largo do Calvário, em Lisboa, para protestar contra a presença de Angela Merkel em Portugal.
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O protesto, convocado pelo movimento "Que se lixe a troika, queremos as nossas vidas", vai seguir em direção a Belém, onde são esperados ao longo da tarde, mais manifestações contra a visita da chanceler alemã.
No Largo do Calvário há cartazes em português "Merkel rua" e em alemão "Merkel raus", a par de gigantones com a caricatura de Angela Merkel, com símbolos nazis.
Em destaque também um pano onde estão alinhadas as bandeiras de Portugal, Irlanda, Grécia, Itália e Espanha, os países em maiores dificuldades da União Europeia.
Nuno Felisberto, 34 anos, ferroviário, veio do Barreiro com uma amiga, para se juntar à manifestação convocada para o Largo do Calvário, em protesto contra Merkl. "Contra a Merkl não, contra eles todos", diz convictos.
No meio dos manifestantes distingue-se pelas notas que exibe: uma de 100 escudos e outra de coroas islandesas.
"Trago os escudos para recordar a perca de soberania. Porque desde que entramos para a Europa, perdemos toda a soberania", explica ao JN.
Depois saca a nota islandesa e acrescenta: "Estes conseguiram. Estes não perderam a soberania, sobreviveram e já estão a crescer. Por isso, nós também podemos conseguir".
Nuno é mais um entre as cerca de duas centenas de manifestantes que não poupam críticas à visita de Angela Merkl. "É o subjugar do povo português", conclui.