O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje, quinta-feira, em Bruxelas, que o Governo vai "fazer mais um esforço" para que o acordo para viabilizar o Orçamento de Estado seja possível, confiando na "boa vontade de todos".
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"O Governo vai fazer esse esforço e tenho a certeza que com a boa vontade de todos chegaremos a um acordo", disse José Sócrates à entrada de uma reunião dos líderes da União Europeia, em Bruxelas.
O primeiro-ministro não explicou em que consiste o "esforço" que o Governo vai realizar. "É cedo para vos dar pormenores. O que vos digo é que o Governo não deixará de fazer aquilo que lhe compete também fazer: dar mais um passo, fazer mais um esforço para que esse acordo seja possível", disse José Sócrates.
O primeiro-ministro defendeu que "o que está em causa é muito importante" e disse "ter a certeza que todos compreenderão" que Portugal "precisa de ter este orçamento aprovado".
"Isto é absolutamente determinante para a nossa credibilidade. Portugal não pode falhar neste momento, é o momento da verdade e temos de compreender que o que está em jogo são os superiores interesses" do país, insistiu.
José Sócrates lamentou que as negociações entre o Governo e o PSD não tenham sido bem sucedidas e reconheceu que "as posições se aproximaram".
As medidas a tomar impõem que "todos os políticos não pensem na popularidade mas naquilo que são os interesses nacionais", declarou.
"As aparências iludem"
Já esta tarde, após a reunião de Conselho de Ministros, o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, tinha dito que Governo e PSD estão agora mais próximos de uma acordo para a viabilização do Orçamento do Estado para 2011, referindo que às vezes "as aparências iludem".
O ministro da Presidência recusou explicar o motivo que o levou a dizer que "as aparências iludem", mas frisou que "o Governo mantém-se inteiramente disponível para fazer tudo o que estiver ao seu alcance no sentido de assegurar a viabilização do Orçamento do Estado".
"Já no passado tivemos a ocasião de dizer que não se negoceia o Orçamento na praça pública e, portanto, não é agora que vou sinalizar em que termos nos parece que é possível mais cedo do que tarde que seja dada aos mercados internacionais e ao país a garantia de que terão um Orçamento aprovado para 2011", afirmou Pedro Silva Pereira.