O líder do CDS-PP, Paulo Portas, afirmou hoje, sábado, que o partido ajudou o Governo a cumprir a promessa eleitoral de não aumentar os impostos, à margem de um jantar com militantes e simpatizantes do partido, em Alvaiázere.
Corpo do artigo
Paulo Portas salientou que o partido popular, "ao travar o código contributivo, ajudou os agricultores, comerciantes, independentes, empresas e trabalhadores que iam pagar mais ao Estado". Segundo o líder do CDS-PP, "até ajudou a cumprir a promessa do Governo de não aumentar impostos".
"Se não fossemos nós a agendar este tema, havia um aumento de impostos no dia 1 de Janeiro. Felizmente foi evitado", garantiu Paulo Portas, que considera que a posição do CDS-PP "defendeu a economia portuguesa".
Em resposta às declarações do Governo, Paulo Portas desafiou o primeiro-ministro a "provar" onde é que a proposta do CDS-PP "aumenta a despesa em um só euro". "Uma coisa é aumentar a despesa, outra é evitar um aumento de impostos. A proposta do CDS evitou o aumento de impostos que o Governo primeiro tinha negado e agora confessa", acrescentou ainda.
Paulo Portas considerou também que, ao levar à Assembleia República "medidas para defender o contribuinte", está a cumprir a promessa eleitoral. "Quem votou CDS votou contra o aumento de impostos. Quando tivemos a primeira oportunidade provámo-lo".
Recusando falar do processo Face Oculta, o líder popular garantiu estar focado em "criar condições" para que a economia portuguesa "saia do marasmo", se evitem "falências" e se "criem empregos".
Para Paulo Portas, "há muita gente desempregada que quer trabalhar", pelo que é preciso "valorizar quem quer trabalhar" e "não aqueles que querem viver à custa dos outros sem fazer nenhum".
Sobre o BPN, Paulo Portas frisou que pretende saber "quanto custou a nacionalização" desta instituição bancária. "O contribuinte tem direito a saber para que é que o seu dinheiro foi usado e quanto é que o Estado já meteu no BPN."
Segundo o líder do CDS-PP, o contribuinte quer ver os seus impostos "bem aplicados". Referindo que o "Estado já pôs muito dinheiro no BPN", Paulo Portas disse ainda que pretende alertar os cidadãos "contra as práticas fraudulentas em instituições bancárias" e sobre a "responsabilização do Estado quando autoriza um estabelecimento que tem uma tabuleta a dizer banco", pois tem de "supervisionar as suas práticas" e "detectar as fraudes a tempo".