Redução da taxa social única poderá custar entre 2.100 e 2.300 milhões de euros
A redução em quase seis pontos percentuais da taxa social única (TSU, contribuição das empresas para a segurança social) hoje anunciada pelo primeiro-ministro deverá custar entre 2.100 e 2.300 milhões de euros em receitas para o Estado.
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Num discurso à nação esta noite, Pedro Passos Coelho anunciou que, no próximo ano, o Governo vai "descer a contribuição exigida às empresas para 18 por cento". Esta é uma redução de 5,75 pontos percentuais.
No ano passado, um grupo de técnicos do Governo e do Banco de Portugal elaborou um estudo onde se estimava o impacto da descida da TSU. O estudo conclui que o custo anual seria de 400 milhões de euros por cada ponto percentual.
Segundo estes valores, a redução anunciada esta sexta-feira por Passos Coelho implicaria uma perda de receitas na ordem dos 2.300 milhões de euros.
Estes cálculos foram contudo já realizados há um ano. Entretanto, a taxa de desemprego subiu de 12,1 para 15 por cento - ou seja, o número de trabalhadores empregados é substancialmente menor, reduzindo também o impacto da medida.
Segundo cálculos da CGTP-Intersindical, a redução da TSU vai ascender a 2.100 milhões de euros. O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse hoje à Lusa que esta redução da TSU equivale a "um bónus de 2.100 milhões de euros para o patronato".