O secretário-geral do PS disse ontem, sexta-feira, em Faro, discordar de uma Segurança Social em que esteja "cada um por si" e criticou o PSD por defender o plafonamento da Segurança Social portuguesa.
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Falando perante uma plateia de cerca de 300 pessoas, num jantar-debate inserido nos encontros Geração Activa, em Faro, José Sócrates afirmou não estar de acordo com o que, disse, "de certa forma", significa a "privatização" de parte da Segurança Social.
"A entrega de parte das contribuições para serem aplicadas no mercado de capitais é uma má decisão para o país", disse, frisando não concordar com que parte das pensões dos portugueses sejam entregues aos "caprichos" dos mercados de capitais.
"O que eu digo a esse partido [PSD] é que não perceberam nada do que aconteceu nesta crise mundial", afirmou, acrescentando que o Estado não deve retirar-se de áreas fundamentais como a da Segurança Social.
O programa eleitoral apresentado por Manuela Ferreira Leite prevê o estudo da "introdução de medidas destinadas a que a pensão de reforma dos portugueses passe a ser crescentemente encarada também como uma responsabilidade individual".
Num discurso que durou cerca de uma hora, José Sócrates apontou algumas distinções entre o programa eleitoral do PSD e do PS, nomeadamente relativo aos investimentos em obras públicas e ao TGV.
O primeiro-ministro disse, ainda em Faro, que as obras do Hospital Central do Algarve poderão começar ainda este ano, já que a escolha das propostas apresentadas deverá acontecer nos próximos meses.
José Sócrates cumpriu sexta-feira um dia de visita à região do Algarve, tendo participado em cerimónias na Barragem de Odelouca, em Aljezur, no âmbito do Polis do Litoral Sudoeste, e em Faro, no lançamento das obras de requalificação da EN125.