Durante o fim-de-semana, o Instituo Português do Sangue conseguiu recolher 2342 unidades de sangue, havendo ainda necessidade de reservas de sangue do tipo O- e A-.
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Contactado pela Lusa, o presidente do Instituto Português do Sangue (IPS) adiantou que os números que tem para já dizem apenas respeito ao organismo que dirige, uma vez que ainda não foi contabilizada a recolha de sangue nas unidades hospitalares.
"Houve efectivamente uma subida comparativamente ao fim-de-semana anterior em termos de colheita de unidades de sangue e, no domingo à noite, contávamos com um total de 2342 unidades recolhidas e os aumentos foram mais notórios ao nível das grandes cidades", disse Hélder Trindade.
Na opinião do presidente do IPS, o balanço da campanha é "positivo", mas, sublinhou, "mantém-se o alerta sobretudo em relação aos grupos O- e A-".
"Gostaríamos de poder aumentar essa reserva para termos alguma tranquilidade em termos de garantia de apoio a todas as necessidades que possam surgir", apontou.
Afirmou que em relação aos restantes grupos sanguíneos "já não há receio de quebra", mas frisou que todos os dadores de sangue são "bem-vindos", lembrando que o "grande apelo" que o IPS faz não é só imediato, mas sobretudo para que "os dadores possam retomar a rotina de dádiva que tinham".
"A actividade hospitalar e o apoio aos doentes depende de uma actividade regular de recolha e de um número de colheitas regular porque existem elementos do sangue fundamentais, como é o caso das plaquetas, que têm, depois de recolhidas, uma semi-vida muito curta, de cinco a sete dias e como tal temos de manter essa colheita para apoiar, por exemplo, os doentes oncológicos", explicou Hélder Trindade.
Quanto aos motivos para a quebra nas dádivas, o presidente do IPS disse que se deveu a um conjunto de factores, nomeadamente a sazonalidade - Fevereiro é um mês em que habitualmente há menos colheitas -, o fim da isenção no pagamento das taxas moderadoras das urgências hospitalares e notícias sobre o desperdício de plasma.