O Papa Francisco alertou, esta quinta-feira, na sua primeira missa celebrada no Vaticano, para o risco de a Igreja Católica se transformar numa "organização não-governamental piedosa", se não procurar a renovação espiritual.
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"Se não nos reconhecermos em Cristo, o que seremos? Acabaremos como uma organização não-governamental piedosa", afirmou o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, que adotou o nome Francisco, perante os cardeais que o elegeram na quarta-feira.
E, nesse caso, "seria como quando as crianças fazem castelos de areia e depois estes se desmoronam", avisou.
O Papa Francisco e os cardeais que o elegeram celebraram missa juntos na Capela Sistina.
A leitura escolhida do Novo Testamento foi retirada do Livro de Mateus, em que Cristo diz a Pedro: "sob esta pedra construirei a minha igreja".
O jesuíta Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, foi eleito Papa, na quarta-feira, pelos 115 cardeais reunidos em Roma, assumindo o nome de Francisco.
Primeiro Papa oriundo da América Latina, Francisco sucede a Bento XVI e é o 266.º chefe supremo da Igreja Católica.
Na sexta-feira, o Papa vai saudar todos os cardeais e no sábado fará o mesmo com a imprensa que acompanhou o conclave.
No domingo, recitará o primeiro Angelus, mas a missa de início do pontificado está marcada para terça-feira, dia de São José, patrono da Igreja, às 09.30 horas.