A crise provocada pela bactéria <em>E.coli</em> levou já a prejuízos de dois milhões de euros semanais na produção nacional de vegetais, revelou o secretário de Estado das Florestas, que defende uma resposta "de emergência" da União Europeia.
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"Em termos de vendas de produtos nacionais, as quebras no caso do pepino são próximas dos 80%, e na alface e tomate as quebras já são de 20%", disse o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Rui Barreiro.
Neste momento, "a estimativa semanal é de cerca de dois milhões de euros de prejuízos", especificou o governante à Agência Lusa.
"Estamos convencidos de que é necessário, no seio da UE, que se tomem medidas que ajudem nomeadamente a produção nacional a não sofrer mais num período já difícil", defendeu.
O secretário de Estado referiu que "a UE tem de actuar em conformidade com as necessidades, não apenas de Portugal mas as necessidades dos países produtores".
Para Rui Barreiro, esta "é uma situação de emergência, uma situação de crise que exige resposta de emergência, de crise" e na reunião dos ministros da Agricultura, que decorreu na terça-feira, na Hungria, "ficou combinado que, provavelmente ainda este mês", vai realizar-se uma reunião extraordinária "no sentido de, com a Comissão, se avaliarem os prejuízos já causados e as medidas que têm de ser tomadas".
O governante realçou que Portugal tem "uma das melhores" produções do mundo na área dos vegetais e, apesar do nível de auto-abastecicmento ser suficiente, "as grandes cadeias acabam sempre por em alguns períodos recorrer a produtos importados".
Por isso, as autoridades portuguesas também fizeram buscas no sentido de perceber se existiam ou não no mercado nacional produtos vindos do exterior.
Até ao momento, as autoridades e os investigadores ainda não conseguiram determinar a origem do surto infeccioso que se tem registado sobretudo na Alemanha.