<p>O Benfica venceu o Braga, no Estádio da Luz, com um golo marcado por Carlos Martins na segunda parte. As águias ultrapassaram o Braga e apanharam o Olhanense no segundo lugar. A equipa de Domingos Paciência pode ficar a dez pontos da liderança.</p>
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O resultado foi o mesmo da época passada, mas, se na altura a vitória das águias serviu para confirmar o título, a de ontem mais não fez do que confirmar que este Benfica continua vivo na luta pelo campeonato. Por agora, espera o resultado do F.C. Porto em Guimarães, mas já no segundo lugar.
Por seu lado, o Braga pode ficar a dez pontos dos dragões e continua sem ganhar qualquer jogo fora do seu estádio. Domingos Paciência disse que ia sair da Luz cinco pontos à frente do Benfica. Não saiu. E o Braga, aos poucos, começa a perder o comboio...
Na época passada, a raça de Luisão foi determinante. Ontem, foi Carlos Martins a liderar as águias para o triunfo, confirmando ser um dos jogadores com mais destaque no esquema de Jorge Jesus. O jogo foi intenso, equilibrado e bem disputado, entre dois candidatos ao título. Mesmo fragilizados pela derrota europeia, os minhotos jogaram olhos nos olhos com o campeão. Mas o Benfica, mesmo numa época atípica (cinco vitórias e cinco derrotas em dez jogos oficiais), já despachou Sporting e Braga na Luz. E Jesus conquistou três triunfos seguidos no campeonato.
Domingos foi à Luz com a lição bem estudada. Com Hugo Viana e Lima no onze, o Braga foi uma equipa compacta a defender, com as linhas da defesa e meio-campo bem juntas, encurtando o espaço a Aimar, Saviola e companhia. Salino descaiu na direita e anulou os desequilíbrios de Fábio Coentrão. O problema dos bracarenses esteve nas transições. A rapidez e fluidez dos contra-ataques não foram as melhores e os guerreiros atacaram com poucos homens. Do outro lado, sempre que os argentinos se soltavam, o Braga tremia. Valeu Felipe.
No segundo tempo, tudo corria de feição ao Braga, já com Matheus e Paulo César à espera de causarem estragos. Até à lesão de Vandinho. Domingos lançou Paulo César como previsto, mas o meio-campo perdeu coesão com a entrada de Madrid. Os espaços foram surgindo e as mais-valias do campeão também. Saviola descobriu Carlos Martins e o médio fuzilou Felipe. Bastou um erro para o castelo minhoto ruir. Tal como na época passada.