O CDS-PP quis esta quarta-feira salientar os "quatro sinais" de "moderação fiscal" do Orçamento do Estado para 2015, considerando que o documento consagra "um novo período" pós-"troika' e de "credibilidade" com o "menor défice de sempre" do euro.
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"Acho que é importante olhar para este Orçamento como um Orçamento que vem consagrar um novo período. Este é o primeiro ano sem a "troika' e temos aqui um Orçamento do Estado que consagra um crescimento económico de 1,5%. Isso tem reflexos, o que é também muito bom, numa taxa de desemprego que, obviamente gostaríamos fosse mais baixa, é de 13,4%, mas a verdade é que já assistimos a uma taxa de 17,7%. Vamos no sentido certo da diminuição do desemprego", afirmou a vice-presidente da bancada do CDS-PP Cecília Meireles.
A deputada centrista, que falava aos jornalistas no parlamento, atribuiu também um "sinal" de "credibilidade" ao Orçamento do Estado (OE) entregue na Assembleia da República pelo Governo.
"Quando consagramos uma meta de 2,7% estamos a falar de uma meta que é claramente abaixo dos 3%, que tira Portugal do procedimento dos défices excessivos, e estamos a falar, pelo menos desde que entrámos para a zona euro, do menor défice de sempre", declarou.
Relativamente à moderação fiscal que o vice-primeiro-ministro e presidente do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu para este OE, Cecília Meireles referiu-se aos "quatro sinais" dessa "moderação" patentes no documento e quanto à sobretaxa, considerou tratar-se de um "compromisso".
A deputada assinalou a consagração no OE do "quociente familiar", no que viu a "abertura de um caminho para uma reforma do IRS", bem como a "continuação da reforma do IRC", com a descida daquele imposto para as empresas, argumentando que isso permitirá que libertem "mais recursos para investir e, assim, criar emprego".
Além do fim da Contribuição Extraordinária de Sustentabilidade (CES), mantendo-se apenas para as pensões acima de 4612 euros, Cecília Meireles destacou "o compromisso a que foi possível chegar na questão da sobretaxa", em que a sua eventual descida fica dependente do aumento das receitas fiscais.