A greve geral de 24 de Novembro vai ser acompanhada de 34 manifestações promovidas pela CGTP em todas as capitais de distrito e em vários concelhos do país.
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Contrariando a tradição, as estruturas distritais da CGTP optaram, desta vez, por promover concentrações e desfiles por todo o país em resposta à vontade dos trabalhadores.
Nas greves anteriores nunca foram feitas manifestações porque os sindicatos diziam ter dificuldade em organizar protestos de rua num dia de paralisação geral, por questões logísticas.
Mas desta vez os pedidos foram muitos pois os trabalhadores portugueses queriam manifestar o seu protesto de todas as formas possíveis.
Para Lisboa está marcada uma manifestação entre o Rossio e a Assembleia da República, para o inicio da tarde, que contará com a participação de dirigentes nacionais da CGTP e do seu secretário-geral, Manuel Carvalho da Silva, que nesse dia vai ter de se desdobrar em visitas a locais de trabalho em greve e contactos com a imprensa.
As manifestações nas capitais de distrito também estão marcadas para o início da tarde, excepto as de Castelo Branco, Coimbra, Setúbal e Viseu que se realizam ao final da manhã.
Estão marcadas também manifestações para 14 concelhos de norte a sul do país.
Arménio Carlos explicou à agência Lusa que foram marcadas tantas acções de rua para corresponder ao desejo dos trabalhadores e dar oportunidade a todos de protestar na rua sem a necessidade de deslocações já que seria difícil conseguir transporte para muita gente neste dia.
A greve geral de dia 24 é a terceira em que a CGTP e UGT se juntam, mas apenas a segunda greve conjunta das duas centrais sindicais portuguesas já que em 1988 a CGTP decidiu avançar e a UGT, autonomamente, também marcou uma greve geral para o mesmo dia. A greve do próximo dia 24 foi marcada após o Governo ter anunciado novas medidas de austeridade, nomeadamente a suspensão dos subsídios de férias e de Natal na função pública, assim como o aumento do tempo de trabalho no sector privado.