Os governos europeus precisam de reestruturar as suas economias para restaurarem a confiança dos mercados financeiros, porque a economia global entrou numa "nova zona de perigo", afirmou, esta terça-feira, o presidente do Banco Mundial.
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Robert Zoellick disse, numa conferência de Imprensa na Austrália, que a crise da dívida na Europa e a discussão em Washington sobre o limite da dívida dos Estados Unidos "desencadeou uma onda de preocupação e incerteza sobre a economia global" que causou fortes quedas nos mercados bolsistas.
"Penso que nas últimas semanas entrámos numa nova zona de perigo", disse o responsável ao apontar que "o que é agora importante é observar como isso afectou a confiança dos consumidores e empresários e como vão os governos responder".
Zoellick felicitou o facto de o Banco Central Europeu ter adquirido recentemente 22 mil milhões de euros de obrigações de dívida pública italiana e espanhola, mas alertou que estes esforços são de curto prazo e não resolvem o problema dos elevados níveis de endividamento.
Os países europeus endividados "não foram ainda capazes de lidar com alguns dos fundamentos e questões estruturais do problema", disse o presidente do Banco Mundial ao considerar que os governos e as populações europeias terão de agir "mais activamente".