A coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, Ana Avoila, anunciou a realização de uma manifestação nacional a 6 de Novembro.
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"Se queremos travar isto [corte salarial dos trabalhadores] temos que lutar e é com base neste sentido de responsabilidade da Frente Comum que decidimos, além da adesão à greve geral de 24 de Novembro, convocar uma grande manifestação nacional para sábado, 6 de Novembro", disse Ana Avoila em conferência de imprensa na sede da organização sindical, em Lisboa.
O anúncio do protesto levado a cabo pela Frente Comum foi feito um dia depois de CGTP e UGT terem informado sobre a realização de uma greve geral conjunta, a 24 de Novembro, contra as novas medidas de austeridade anunciadas pelo Governo.
No entender de Ana Avoila, as medidas anunciadas pelo Executivo "são inconstitucionais" na medida em que "só se poderiam aplicar caso o país enfrentasse uma situação de excepção", isto é, "catástrofes naturais ou outras calamidades" que obrigassem os funcionários públicos a abandonar as suas funções actuais para servirem o país.
"Como é que se pode considerar excepção um sistema que está a ser influenciado pelas agências de rating?", questionou a coordenadora da Frente Comum.
Neste sentido, a representante sindical assegurou que "os sindicatos estão a analisar todas as formas institucionais e jurídicas no sentido de travar esta ofensiva".
Ana Avoila garantiu igualmente que, mal os salários dos funcionários públicos comecem a sofrer as reduções estipuladas pelo Governo, a Frente Comum avançará com "várias providências cautelares no sentido de avaliar a duvidosa inconstitucionalidade do diploma".