Couberam à justa no palco mas a música que trouxeram, uma combinação deliciosa de soul, funk, gospel e muito rock à mistura, chegou a todo o recinto, surpreendendo pela positiva as poucas centenas de espectadores espraiadas pelo relvado.
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Formado por quase uma centena de musicos, os portuenses Stopestra! - coletivo que ensaia regularmente no Centro Comercial Stop - revelou-se uma escolha acertada para abrir oficialmente a primeira edição do Primavera Sound Porto.
Enérgicos, os músicos contagiaram a assistência com as suas sonoridades groovy e ao fim de meia hora chegaram ao fim da atuação com a sensação de dever cumprido.
Os Biggott foram os senhores que se seguiram. Oriundos de Espanha, brindaram a já numerosa plateia com um rock sólido que, mesmo nada devendo à orginalidade, prima pela competência, ao revisitar diferentes correntes e influências. O vocalista Borja Laudó tem pinta de técnico de estacionamento urbano mas domina com mestria a arte do showbiz, bem auxiliado pelo restante conjunto.
A garra de que os Bigott deram mostras teria sido muito útil a Atlas Sound, alter-ego de Bradford Cox, dos já consolidados Deerhunter. O seu virtuosismo não está em causa mas basear a atuação em canções impregnadas de murmúrios e lamentos talvez seja levar longe de mais a paciência do público...