À terceira foi mesmo de vez. Dois cancelamentos de última hora depois, os Rapture estrearam-se finalmente nos palcos portugueses, embora, por paradoxal que pareça, tenham atuado para uma assistência maioritariamente composta por estrangeiros.
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A forma entusiástica como a plateia acolheu a entrada em palco do trio nova-iorquino que encerrou a primeira noite do Primavera Sound mostra bem que o eventual ressentimento por terem cancelado concertos por duas vezes ficou há muito para trás.
E nem o cansaço que já começava a tomar conta das pernas dos presentes interferiu por aí além com a adesão das massas.
Mais impressionantes ainda foram os Mercury Rev, cujo sentido cénico exemplar, graças em grande parte aos dotes do vocalista, surpreendeu os mais incautos.
De regresso aos palcos após vários anos de afastamento, os Suede não exibiram sinais de menor entrosamento ou fadiga. De uma banda que conheceu o seu apogeu há década e meia não se espaeraria mais do que a revisitação dos principais êxitos, mas os autores de "Head music" não se limitaram a desfiar os singles e empenharam-se a fundo para que os seus temas, levados até ao limite, tocassem fundo nos presentes. Missão cumprida.