O ex-líder do PSD, Marques Mendes, juntou-se ao comício do PSD em Viseu para deixar um aviso aos eleitores: "Todo o cuidado é pouco. Uma excessiva dispersão de votos no campo não socialista pode ter uma consequência negativa e beneficiar o infractor", disse, tentando travar os votos no CDS-PP.
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Marques Mendes insistiu, quarta-feira à noite, que "nestas eleições só há dois candidatos a primeiro-ministro" - Pedro Passos Coelho e José Sócrates - e que "não há terceira via", disse, referindo-se a Paulo Portas.
"Todo o cuidado é pouco", alertou, explicando que os votos no CDS-PP "beneficiam o adversário", leia-se, José Sócrates. E deixou um alerta: "uma eficaz concentração de votos em Pedro Passos Coelho é a única forma segura de acabar com este desastre social e com este pesadelo", "a única forma de devolver credibilidade, seriedade, competência e responsabilidade ao Governo de Portugal".
Explicando que não quer regressar à vida política, o ex-líder do PSD explicou que sentiu que tinha "obrigação" de dar o seu "testemunho" devido à situação "muito séria e muito grave" que o país atravessa. "Estas são provavelmente as eleições mais decisivas dos últimos 30 anos", disse, invocando depois a amizade "de mais de 20 anos" com Pedro Passos Coelho para garantir que ele é "o primeiro-ministro que o país precisa".
"Ele não é apenas um jovem bem-intencionado. É uma pessoa séria, competente e bem preparada", disse, pedindo "uma punião política exemplar" do actual Governo, como aconteceu na Irlanda e em Espanha.
A forma mais eficaz de o fazer, disse, é um "voto forte e massivo na alternativa do Governo", disse, não ousando recorrer à expressão maioria absoluta que tem atravessado alguns discursos de campanha do PSD nos últimos dias e foi admitida pelo próprio líder do partido, na terça-feira.