Os participantes na conferência internacional sobre a Líbia decidiram, esta quinta-feira, em Paris, por unanimidade, levantar os bens congelados pertencente ao regime de Muammar Kadafi e entregá-los às novas autoridades líbias, anunciou o Presidente francês, anfitrião da reunião.
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"O dinheiro detido pelo senhor Kadafi e seus próximos deve reverter para a Líbia. Nós estamos comprometidos a desbloquear o dinheiro da Líbia de ontem para a Líbia de hoje", afirmou Nicolas Sarkozy, no final da reunião, que juntou cerca de 60 delegações.
O chefe de Estado francês, que co-presidiu à conferência com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que, após a queda do regime de Kadafi, o Conselho Nacional de Transição, braço político da rebelião na Líbia, deve "iniciar um processo de reconciliação e perdão para que os erros cometidos no passado por outros países sirvam de exemplo".
Sarkozy disse ainda que, enquanto Kadafi, cujo paradeiro é desconhecido, permanecer uma ameaça, as operações militares da NATO devem continuar.
A conferência sobre o futuro da Líbia reuniu hoje no Palácio do Eliseu, sede da Presidência francesa, líderes e representantes de cerca de 60 países. Portugal esteve representado pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.
O encontro internacional serviu para ouvir os pedidos dos responsáveis pelo Conselho Nacional de Transição e avaliar os desafios da construção de uma nova Líbia, após o regime de Muammar Kadafi, que esteve no poder mais de quatro décadas.