O presidente interino ucraniano anunciou que o exército se encontra em estado de alerta, depois do voto do parlamento russo a autorizar "um recurso às forças armadas no território da Ucrânia".
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Oleksandr Turchinov acrescentou estar em vigor "um plano de ação", em caso de agressão.
O presidente interino falava no final de uma reunião do conselho de segurança e de defesa ucraniano, numa altura em que a situação se está a degradar na Crimeia, península no sul da Ucrânia onde a maioria da população fala russo, palco de tensões separatistas.
Ao lado de Turchinov, durante a intervenção transmitida pela televisão, estava o primeiro-ministro Arseniy Iatseniuk, que afirmou ter falado com o homólogo russo, Dmitri Medvedev.
No mesmo discurso, Turchinov afirmou ter decidido reforçar a proteção das centrais nucleares e locais estratégicos.
A câmara alta do parlamento russo aprovou, este sábado, por unanimidade, um pedido do presidente Vladimir Putin para autorizar "o recurso às forças armadas russas no território da Ucrânia".
Esta decisão seguiu-se horas depois da denúncia da Ucrânia, na sexta-feira, de que a Rússia fez uma "invasão armada" na Crimeia, onde está estacionada a frota da Rússia do Mar Negro.
Turchinov já pediu a Putin para "terminar imediatamente a agressão ostensiva e retirar os militares da Crimeia".
Entretanto, e na sequência de um apelo do governo de Kiev, o Conselho de Segurança da ONU deu já início à reunião para uma segunda ronda de discussões em 24 horas devido à escalada de tensão na Ucrânia.
A agência noticiosa francesa AFP noticiou a presença de dezenas de homens mascarados e com uniforme, mas sem qualquer insígnia, que tomaram posições junto ao edifício do parlamento regional da Crimeia.