Marcelo Rebelo de Sousa

"Havia dois caminhos: vetar ou promulgar e salvar a situação de oito mil professores"

"Havia dois caminhos: vetar ou promulgar e salvar a situação de oito mil professores"

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi recebido, esta tarde, em Viana do Castelo, por um pequeno grupo de professores em protesto, pedindo a sua intervenção a favor da classe. Perante as reclamações dos docentes, o chefe de Estado respondeu diversas vezes: "Ainda não me chegou a lei [do tempo perdido]. Deve estar a ser acabada pelo Governo. Estou à espera".

Aos jornalistas, afirmou depois, enquanto se deslocava a pé entre o centro da cidade e o Castelo de Santiago da Barra, que "60 mil professores gostariam de ter tido, noutros pontos, um regime diferente". "Simplesmente a questão era a seguinte: se o diploma não entrasse imediatamente em vigor havia oito mil que não beneficiavam do diploma já neste ano letivo", apontou.

"Havia dois caminhos: vetar, e ao vetar significava que só dois mil dos dez mil iriam receber o tratamento que tinha sido prometido para dez mil este ano letivo; e promulgar, embora não concordando com muitos pontos do diploma, mas a pensar em salvar a situação de oito mil", explicou.

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Dos professores, Marcelo Rebelo de Sousa, ouviu queixas e pedidos: "Lembre-se de nós, também temos filhos pequenos"; "a lei não vai resolver os problemas de fundo, tenho 57 anos e sou contratado"; "o diploma dos contratados vai obrigar o pessoal de Viana a ir para o Algarve"; "vou deixar de ser professora"; "isto foi muito mal, foi uma traição".

O presidente da República deslocou-se a Viana do Castelo para inaugurar uma escultura de homenagem aos trabalhadores do Minho e participar num fórum com o tema "Estado da arte: O Minho do Portugal de amanhã", promovido pela Associação Empresarial do Minho. Entre os oradores convidados da iniciativa, estavam os ex-ministros da Economia, Pedro Siza Vieira e Luís Braga da Cruz, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e o presidente da CIP, Armindo Monteiro.

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