Grande Partida acontece hoje, às 15.21 horas, com prólogo de 5,4 quilómetros, que será corrido em sistema de contrarrelógio individual com início e chegada à Praça do Império, em Lisboa. São 125 corredores a dar tudo nos 1559 quilómetros que terão pela frente, de 4 a 15 de agosto.
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Corações ao alto! Abre-se hoje um novo ciclo com mais uma edição, a 83.ª, da Volta a Portugal. Um momento muito esperado pelos fãs do ciclismo, que, nas últimas semanas, tem sido fustigado por casos que ensombram a modalidade e levaram à exclusão de alguns corredores. Não há como fugir à evidência. É, neste contexto, que o pelotão regressa à estrada, agora com a responsabilidade acrescida de lutar contra o fantasma do doping.
A partir de hoje, e durante 11 dias, a Volta percorre boa parte do país, até à meta final, a 15 de agosto, em Gaia. Com o forçado fim da hegemonia da W52/F.C. Porto, que durante seis anos dominou a competição, mas desta vez está afastada da prova, envolta na polémica pela alegada utilização de doping, que levou à suspensão da equipa, é certo que o próximo vencedor não terá o emblema do dragão ao peito, abrindo um novo, e mais incerto, panorama competitivo.
A luta pela camisola amarela será feita por um pelotão de 18 equipas (nove portuguesas e nove estrangeiras), pendendo sobre os corredores dos conjuntos nacionais as maiores probabilidades de render o portista Amaro Antunes no palmarés de vencedores da prova. Maurício Moreira (Glassdrive/Q8/Anicolor), segundo na edição de 2021, encabeça a lista dos principais favoritos, secundada pelos nomes de Joaquim Silva (Efapel), Délio Fernández (Atum General/Tavira/Maria Nova Hotel) ou Vicente De Mateos (Aviludo/Louletano).
Esta edição da continua ter como pontos chaves as clássicas subidas à Torre, no topo da Serra da Estrela, logo ao quarto dia, e a emblemática etapa da Senhora da Graça, na penúltima tirada. Também há novidades no percurso, desde logo com a partida da segunda etapa a ser feita na cidade espanhola de Badajoz.
O ponto de maior surpresa competitiva poderá acontecer a meio da corrida, num regresso, 44 anos depois, a Miranda do Corvo, na região Centro, e com uma inédita meta junto ao parque eólico de Vila Nova, em plena Serra da Lousã, após uma exigente subida de dez quilómetros.
O final da corrida volta a ser, três anos depois, no Porto e Vila Nova de Gaia, com um contrarrelógio de 18,6 quilómetros, que, desta vez, parte da Invicta e termina na marginal gaiense, onde é esperada uma multidão.
A festa pode começar e pode ser acompanhada, ao minuto, nas plataformas digitais do Jornal de Notícias, que fará uma cobertura detalhada da prova.