O Presidente da República, Cavaco Silva, congratulou-se hoje, quarta-feira, com a resposta das Forças Armadas à intempérie que assolou a ilha da Madeira no sábado.
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Cavaco Silva falou no final de uma visita ao Comando Operacional Conjunto da Madeira onde constatou o trabalho das Forças Armadas no terreno.
O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, aproveitou, por seu turno, para "agradecer mais uma vez a todos os militares da guarnição e aos ramos" presentes no local por "todo o esforço e dedicação".
"As Forças Armadas na Madeira deram uma resposta plena a 100% às necessidades que foram solicitadas pelo serviço regional de Protecção Civil".
Na visita foram anunciados os meios e o tipo de trabalhos que as Forças Armadas desenvolveram em três dias e meio de intempérie.
Reconhecimento e transportes aéreos, remoção e limpeza de escombros, distribuição de água potável, alojamento temporário, fornecimento e distribuição de alimentação, transporte de pessoas e material, buscas terrestres, apoio sanitário, iluminação de ruas e reconhecimento de engenharia foram os trabalhos realizados pelos militares.
No total foram mobilizadas 136 equipas, apoiadas por 132 viaturas, num total de 460 militares.
A equipa do exército da Escola Prática de Engenharia fez ainda o reconhecimento de pontes, segundo o Major Afonso, chefe de equipa do reconhecimento de pontes, que indicou que todas as pontes do Funchal estão sem "patologias estruturais visíveis que limitem a sua capacidade de carga", na sequência da vistoria feita.
Já na Ribeira Brava, uma ponte colapsou parcialmente mas existem alternativas próximas, pelo que não se considera necessária a instalação de uma ponte militar, disse o responsável.
Na Tabua, a ponte colapsou totalmente, enquanto no Campanário outra estrutura semelhante desabou parcialmente impedindo a circulação rodoviária.
O caso mais grave dá-se na Fajã da Ribeira, onde a "única ponte" que permite o acesso a 70 fogos ruiu totalmente: "este é o único acesso e neste momento pode ser apenas feito de forma pedonal, pelo que se trata da situação mais sensível", referiu o major Afonso.
No local foi também divulgada informação referente às comunicações da ilha, referindo então um responsável militar que três dias e meio depois da tempestade, as mesmas estão operacionais a "100 por cento".
O comandante da zona militar da Madeira, Rosas Leitão, fez uma avaliação do trabalho efectuado pelas Forças Armadas, considerando que "responderam até hoje a todas as solicitações feitas pelo Serviço Regional da Protecção Civil."
"O treino operacional conjunto e cooperativo foi determinante para a resposta das Forças Armadas", frisou.
O temporal de sábado provocou pelo menos 39 vítimas mortais.