O Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF (SCIF/ SEF) considerou, esta segunda-feira, "o maior retrocesso social de que há memória" o corte "brutal" no valor dos vencimentos proposto no Orçamento de Estado para o próximo ano.
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Num comunicado enviado à agência Lusa, o sindicato que representa os investigadores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras manifesta "a mais profunda indignação" e "repudio" pelas medidas anunciadas.
"Os trabalhadores, que sempre têm cumprido, não aceitam ser responsabilizados por um erro que não é seu (...) e exigem ser tratados com respeito, dignidade e verdade, não aceitando atitudes unilaterais encobertas por discursos ocos e encenados, de quem aparenta ter pena, mas retira um direito inalienável: o vencimento justo", refere o SCIF/SEF.
O sindicato apela aos responsáveis políticos para que "denunciem os contratos ruinosos em edifícios, acabem com a promiscuidade das parcerias público privadas ponham fim aos sorvedouros das fundações e mexam nos salários e mordomias dos gestores públicos", que consideram "escandalosos".
O Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF diz ainda que "não se poupará a todos os esforços para contrariar uma profunda injustiça e ilegalidade".
O Orçamento de Estado para 2012 é hoje entregue na Assembleia da República, mas o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou na quinta-feira que as medidas do OE2012 passam, entre outras, pela eliminação do subsídio de férias e de Natal para os funcionários públicos e reformados que recebem mais de mil euros por mês, enquanto durar o programa de ajustamento financeiro, até ao final de 2013.
Os vencimentos situados entre o salário mínimo e os 1000 euros ficarão sujeitos a uma taxa de redução progressiva, que corresponderá em média a um só destes subsídios.