OpiniãoConfinar nos portuguesesA comunicação política em pandemia faz tanto ou mais do que a vacina pela saúde dos cidadãos. Sinais errados geram comportamentos errados, proclamações dúbias levam a interpretações egoístas.
OpiniãoO presidente que sair distoTemia-se que a frequência dos debates televisivos com os candidatos presidenciais pudesse resultar numa rotina enjoativa, mas as audiências têm provado o contrário.
OpiniãoOs Ronaldos da CiênciaSe houvesse um medidor da tolerância que pudesse ser aplicado ao cidadão português médio, íamos provavelmente concluir que os valores, em 2020, tinham andado pelas ruas da amargura. Ou seja, altos para a intolerância, baixíssimos para a tolerância.
Opinião3700 milhões de erros?Salvar a TAP, sim. Mas para quê? A que custo? Salvar a TAP, sim. Até quando? A que custo? Salvar a TAP, sim. Para quem? E a que custo?
OpiniãoUma vacina contra a vacinaA vacina contra a covid-19 ainda não chegou, mas já ecoa nos ouvidos de todos com a candura de um violino celestial.
OpiniãoA doença e a curaA doença. Foram semanas de tensão, amuos, negociações, capitulações, efabulações e demarcações. Ano após ano, as danças partidárias antes da aprovação do Orçamento do Estado são exercícios de contorcionismo.
OpiniãoFalar menos, falar melhorForam todos muito humildes na hora de concluir que nem sempre a mensagem tem chegado de forma percetível aos cidadãos.
OpiniãoO lado B do ChegaNão estava escrito nas estrelas, mas era mais ou menos óbvio que a Direita iria pôr em marcha um plano político de poder simétrico ao da geringonça de Esquerda. A questão era saber com quem, com que urgência e com que filtros civilizacionais. Os Açores transformaram-se no tubo de ensaio para um casamento de conveniência que, por obra e graça do PSD de Rui Rio, conseguiu alcandorar à condição de cola institucional da governação regional um partido que defende a castração química dos pedófilos, a prisão perpétua, o reforço das fronteiras e o fim dos serviços públicos de saúde e educação.
OpiniãoE quando a vacina chegar?Mesmo sem estar em tronco nu, o presidente da República abriu o peito para amparar as balas do desnorte político. Na entrevista à RTP, assumiu as culpas pelos erros na gestão inicial da pandemia e exortou os portugueses a porem-se na sua pele e na dos demais decisores.
OpiniãoVamos indo e vamos vendoO melhor que podemos dizer deste Orçamento do Estado é o pior que podemos dizer do país. O melhor: responder à urgência de salvar os mais desprotegidos. O pior: haver ainda demasiados portugueses que vivem com menos de 500 euros por mês.
OpiniãoMais amor, menos impostosOs debates que alimentam a coreografia dramática dos partidos antes da aprovação do Orçamento do Estado revisitam temas habituais, entre eles a estafada dicotomia entre Estado e iniciativa privada. Devem as contas do país prever mais dinheiro para a Administração Pública, ou devem ser reforçados os apoios às empresas?
OpiniãoUm bebé morto não devia ser cor-de-rosaTalvez a maior perversão da bolha transparente em que nos movemos seja a crescente vulgarização da intimidade. O que antes era guardado, hoje exibe-se com bonomia no plateau das redes sociais, em busca de compaixão, aprovação ou outra coisa qualquer.