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Análise JN: "Coligação de tanques" pode ser decisiva
Os EUA vão enviar 31 carros blindados para a Ucrânia. O apoio é anunciado depois de a Alemanha ter oferecido ajuda militar. Pedro Ivo Carvalho, diretor-adjunto do JN, analisa a importância destas decisões para a evolução do conflito.
Opinião
Alguém vai ter de ceder
Como numa dança, também numa mesa negocial entre partes desavindas tem de haver espaço para cada um dos parceiros ensaiar movimentos. Marcar o passo. Porém, na coreografia que, nas últimas semanas, tem juntado no mesmo palco professores, sindicatos e Governo, só tem havido pisadelas. A tal ponto que as negociações entraram num novo impasse.
Opinião
Normalizar ao pontapé
A bem-sucedida operação de marketing global em que se transformou o Mundial de Futebol no Catar parece ser apenas a confirmação de uma estratégia de normalização cultural das monarquias absolutistas árabes, que estão a usar o mais popular desporto do planeta como arma de sedução. Os ingleses deram-lhe o pomposo nome de "sportswashing". Ou seja, lavar a imagem do regime à conta do desporto. As acusações de corrupção, gastos faraónicos e flagrante desrespeito pelos direitos humanos e laborais marcaram a prova, mas não a definirão no futuro. Nos livros de História ficarão fundamentalmente as imagens de Messi a levantar o troféu ao lado do emir do Catar, envergando um traje árabe. De resto, a badalada mudança de Cristiano Ronaldo para o futebol da Arábia Saudita por valores obscenos é mais um capítulo desse bem urdido expediente que mascara a realidade com golos. Agora, ao que parece, soam as campainhas por Messi, a quem estarão a ser prometidos ainda mais camiões de dinheiro para aterrar num futebol a que, na verdade, ninguém liga nenhuma.
Opinião
O Brasil não pode distrair-se
Ainda é cedo para tirarmos lições definitivas sobre o ataque primitivo ao coração da democracia brasileira, mas podemos, com algum grau de fiabilidade, acolher uma certeza: a insurreição dos movimentos antidemocráticos, respaldada no sectarismo bolsonarista, não irá esmorecer. Mesmo que o grito de alerta resultante deste assalto aos Três Poderes possa, de alguma forma, unir a nação em torno dos valores fundamentais ou, pelo menos, em torno da rejeição de práticas extremistas. Mesmo que a condenação, em uníssono, dos principais representantes do Estado brasileiro tenha sido acompanhada pelo repúdio do Mundo civilizado. A cultura de purga que alimentou aquele "punhado de imbecis criminosos", como apropriadamente lhes chamou, em editorial, o jornal "A Folha de S. Paulo", não se compadece com previsões académicas tradicionais.

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Análise JN: Brasil tem de mostrar força
Opinião
Não gozem connosco
Maria diz nada saber sobre as contas arrestadas de Carla. Mas Carla terá informado Maria. Sobre o quê exatamente? Maria não esclarece. Carla só aguentou um dia em funções governativas. Fernando diz nada ter sabido sobre a indemnização de 500 mil euros paga a Alexandra. Porém, assim que descobriu, convidou-a a demitir-se do Governo. Pedro, esse, saiu sem ninguém lhe pedir, apesar de também desconhecer a existência desse cheque chorudo. Mas Hugo, secretário de Estado de Pedro, foi informado. Só que não contou a Pedro. Esse, o que se demitiu. Miguel foi para adjunto de António, envolto em várias suspeitas, e caiu empurrado pelos factos ao fim de dois meses. António lançou-lhe boias de salvação enquanto pôde. Mas não evitou o naufrágio.
Opinião
Depois do Natal vê-se
Quando, hoje à noite, nos sentarmos à volta de uma mesa, enraizados por laços que não se deixam conspurcar pela fúria consumista do Natal, saberemos que o fica, o que sempre fica, é a reunião familiar que se alimenta de memórias, lugares e gerações.
