A coordenadora do Bloco de Esquerda considerou que não ajuda ninguém que um processo longo como o de Tancos "seja utilizado" na campanha eleitoral, sem todos os dados, deixando claro que "numa democracia ninguém está acima da lei".
Corpo do artigo
Catarina Martins falou com os jornalistas a bordo de um comboio entre Faro e Lisboa, numa altura em que já havia notícias, mas ainda não era conhecida oficialmente a acusação do Ministério Público ao ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, de abuso de poder, denegação de justiça e prevaricação no caso de Tancos.
11341086
11341209
"Como digo, este é um problema que não vem de agora, é um problema que tem um tempo longo, talvez até longo demais. Não me parece que ajude ninguém que, em período de campanha eleitoral, um processo que é longo seja utilizado nessa mesma campanha, quando não conhecemos os dados todos", disse.
Tal como já tinha afirmado na quarta-feira, a líder bloquista insistiu que, "para o Bloco de Esquerda este não é um tema de campanha eleitoral".
"Em Portugal ninguém está acima da lei e a justiça deve fazer o seu trabalho, apurar todas as responsabilidades e todas as consequências", defendeu.
O Ministério Público acusou no total 23 arguidos no caso do furto e da recuperação das armas do paiol da base militar de Tancos.
Os arguidos foram acusados de crimes como terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.