O candidato europeu da CDU recordou, este domingo, promessas do antigo primeiro-ministro socialista José Sócrates, ao comentar o programa de governo apresentado por António José Seguro, sublinhando que o "partido rosa" está amarrado ao Tratado Orçamental.
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"Sabemos bem que as campanhas eleitorais são o tempo de todas as promessas, que os portugueses sabem, há 37 anos, o significado real destas promessas. Ainda nos lembramos que, em 2005, aparecia aí aquele que viria a ser o primeiro-ministro, José Sócrates, em cartazes espalhados pelo país, a prometer 150 mil empregos. Também sabemos que quando ele deixou o Governo o desemprego tinha atingido mais de 250 mil pessoas do que aquelas que ele encontrou quando se tornou primeiro-ministro", disse João Ferreira.
Num jantar de campanha para as eleições europeias do próximo domingo, em Torres Vedras, o eurodeputado comunista voltou a frisar que os votos no maior partido da oposição, PS ou nas forças políticas da maioria governamental, são "uma e a mesma coisa".
"Este Tratado [Orçamental] que PS, PSD e CDS aprovaram, concebido e imposto pela pela senhora [Angela] Merkel, foi justificado por ela: "nós precisamos, na Europa, de algo que nos garanta que mesmo que mudem os governos não mude a política. Está bem à vista que quem assina este tratado, quem se compromete com ele, está bem à vista o que significam as promessas de mudança que andam a fazer", criticou.
O também vereador da Câmara Municipal de Lisboa defendeu que "não pode vir prometer a mudança quem não tem credibilidade para prometer essa mudança e quem deixou à vista que, nos últimos cinco anos, um voto no PS ou no PSD ou CDS, para efeitos de eleição de deputados para o Parlamento Europeu, representou uma e a mesma coisa".
"O mesmo PS que se entendeu com o PSD e o CDS para baixar os impostos, o IRC, dos grandes grupos económicos, é o mesmo que não é capaz de assumir o compromisso de baixar a brutal carga fiscal que pesa sobre os pequenos empresários, famílias e trabalhadores", lamentou João Ferreira, referindo-se aos 80 objetivos políticos do "Contrato de Confiança", futuro programa de governo do socialista Seguro.