Diogo Freitas do Amaral afirmou que o manifesto "Um compromisso nacional", assinado por 47 individualidades e divulgado este sábado pelo semanário Expresso, é um apelo para que todos se compenetrem de "que temos de ter juízo" e "não podemos cair em jogadas políticas".
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Falando à Lusa, o fundador do CDS e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, que assinou o documento, salientou que este não deve ser entendido como a favor ou contra o Governo, nem como um apelo ao voto no PS ou no PSD, tanto mais que "reúne personalidades de todos os quadrantes e que ocupam posições de relevo nos mais diversos sectores profissionais".
"O país está a atravessar um momento muito difícil, temos que ter juízo, um grande sentido da responsabilidade, não podemos cair em brincadeiras ou em jogadas políticas", disse Freitas do Amaral.
"Não é o tempo de o fazer, prosseguiu, é [antes] de congregar esforços para que o país sai com o menor prejuízo possível desta situação de crise" que considerou ser maior desde o 25 de Abril de 1974.
"Um compromisso nacional" é assinado por 47 personalidades, entre elas três ex-Presidentes da República, e foi este sábado tornado público pelo semanário Expresso.
No texto é feito um apelo a um consenso entre partidos e instituições tendo em conta a "credibilidade externa" e a uma "maioria [parlamentar] inequívoca" que consideram "indispensável na construção do consenso mínimo para responder à crise".
Segundo os subscritores esta é uma crise iniciada nos estados Unidos em 2009 e "a maior recessão global dos últimos 80 anos".
O texto apela ainda a "um compromisso entre o Presidente da República, o Governo e os principais partidos, para garantir a capacidade de um plano de acção imediata, que permita assegurar a credibilidade externa e o regular funcionamento da economia".
Um compromisso que deve ser alcançado antes das próximas eleições, marcadas para 5 de Junho, segundo os subscritores.
Além de António Ramalho Eanes, Mário Soares, Jorge Sampaio e Diogo Freitas do Amaral, assinam também o documento, entre outros, Leonor Beleza, Manoel de Oliveira, António Nóvoa, António Lobo Antunes, José Pacheco Pereira, Manuel Clemente, e Rui Alarcão.