A manifestação comemorativa do 25 de Abril marcada para esta quarta-feira à tarde em Lisboa desce já a Avenida da Liberdade liderada por uma chaimite.
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Os manifestantes concentraram-se na rotunda do Marquês de Pombal, em Lisboa, e iniciaram a descida da Avenida da Liberdade.
Apesar do mau tempo, a rotunda estava completamente cheia cerca das 15.30 horas, quando cabeça da manifestação se preparou para iniciar o cortejo até ao Rossio.
Uma chaimite, carro de combate, símbolo da revolução de 1974 seguiu à frente, com uma bandeira nacional e outra do Movimento das Forças Armadas, sob os gritos "o povo unido jamais será vencido" dos manifestantes.
Manuel Alegre preferiu a rua
O ex-deputado e candidato presidencial Manuel Alegre, que participa na manifestação, afirma que o Estado Social "está em causa" e por isso é solidário com as críticas dos militares da revolução.
À semelhança dos militares da associação 25 de Abril, Manuel Alegre não quis estar presente nas cerimónias oficiais que decorreram no Parlamento, preferindo participar na manifestação popular que se realiza entre a rotunda do Marquês de Pombal e o Rossio.
"Eu fui preso politico, tinha de estar ao lado da associação 25 de Abril que optou por comparecer nas comemorações oficiais na República", afirmou o socialista, que critica o atual governo e as medidas de austeridade impostas.
"O Estado Social que foi uma conquista está em causa", disse Manuel Alegre que participa no desfile popular na Avenida da Liberdade, ao lado do dirigente bloquista Francisco Louçã, do secretário-geral da CGTP Arménio Carlos e do líder parlamentar comunista Bernardino Soares.