Estudo que reuniu perfis de saúde mental de cerca de cem mil jovens com idades entre os 18 e 24 anos e traz conclusões dramáticas sobre o acesso precoce do uso de telemóveis
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Pensamentos suicidas, autoestima mais baixa e distanciamento da realidade. Três indicadores negros, de motos mais, que chegam com um estudo que analisou a saúde mental de cerca de 100 mil jovens, agora com idades entre os 18 e os 24 anos, mas que perspetivou hábitos anteriores.
De acordo com a análise, publicada este mês no Journal of Human Development and Capabilities (e que pode consultar no original aqui),a investigação global demonstrou que as crianças, sobretudo as meninas, que tiveram acesso a smartphones com menos de 13 anos de idade revelaram ser mais propensas a ter pensamentos suicidas.
Segundo os dados agora anunciados, coligidos e estudados pela associação sem fins lucrativos Sapien Labs, quase uma em cada dez entrevistadas (9,5%) das jovens mulheres foram diagnosticadas "com dificuldades" em saúde mental, valores acima dos rapazes, que reportaram 7%. Percentagens que o estudo diz serem equivalentes e comuns em várias partes do mundo.
Para chegar a estas conclusões, a equipa definiu uma pontuação geral de saúde mental com base em 47 funções sociais, emocionais, cognitivas e físicas. Na análise de resultados, concluíram que as pontuações de saúde mental pioravam junto das crianças que tiveram acesso a smartphones mais cedo.
A autora do estudo, a neurocientista e matemática Tara Thiagarajan, defende, com base nos resultados a que chegou, que os smartphones - a par dos cortes nas redes sociais - devem ser restritos a menores de 13 anos e regulamentados pelas autoridades governamentais tal como já acontece com o álcool e tabaco pelas autoridades governamentais.