O ministro de Estado e das Finanças afirmou esta terça-feira que as medidas contingentes previstas no Orçamento para 2013, a serem necessárias no próximo ano, serão tomadas quase totalmente do lado da despesa e não da receita.
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Vítor Gaspar respondia a uma questão antes formulada pelo deputado do PCP Honório Novo na fase de debate na generalidade da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2013.
Honório Novo referiu que ainda hoje, de manhã, durante a abertura do debate, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, estimara em 830 milhões de euros, 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), o valor das medidas contingentes previstas para o próximo ano.
"Esses 830 milhões de euros vão sair dois terços do lado da despesa e um terço do lado da receita, ou seja, por via de mais impostos?", questionou o deputado do PCP.
Na resposta, o ministro de Estado e das Finanças começou por usar a ironia, dizendo que Honório Novo "tem uma verdadeira obsessão pelas medidas contingentes".
"A serem necessárias, estas medidas contingentes elas serão predominantemente, ou até quase exclusivamente, do lado da despesa", afirmou Vítor Gaspar.
Neste debate, o deputado do PCP também criticou o comportamento político do PS, sobretudo depois de o líder deste partido, António José Seguro, ter proposto que iria pedir o fim das isenções fiscais aos veículos de investimento em propriedade imobiliária.
"Há apenas 13 dias o PS absteve-se face a uma proposta exatamente igual que tinha sido apresentada pelo PCP", apontou o deputado comunista.