As autoridades espanholas baixaram para 78 o número de mortos do descarrilamento do comboio em Santiago de Compostela. Até agora o balanço estava fixado em 80 mortos, mas verificou-se que alguns restos mortais que se pensava serem de pessoas diferentes pertencem à mesma vítima. Não há registo de portugueses entre os mortos e os feridos. O maquinista já foi detido mas ainda não foi interrogado.
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Dois dias após o descarrilamento do comboio de alta velocidade em Santiago de Compostela, está concluída a identificação de 72 das 78 vítimas mortais e nenhuma delas era de nacionalidade portuguesa.
O maquinista do comboio, Francisco José Garzón, está detido desde quinta-feira ao final do dia, mas ainda não foi ouvido, anunciou o chefe da polícia da Galiza.
A Polícia Científica baixou, esta sexta-feira, para 78 o número de mortos do acidente, uma vez que, durante o processo de identificação das vítimas, verificou-se que restos mortais que se pensava serem de pessoas diferentes afinal pertencem à mesma pessoa.
Sete pessoas foram identificadas já esta sexta-feira de manhã, enquanto outras seis só serão conhecidas após testes de ADN.
Entre as vítimas mortais há pessoas "de toda a Espanha", da Argélia (um), México (um) e Estados Unidos (um).
O processo de identificação das vítimas mortais provocadas por este acidente, já classificado como o mais grave dos últimos 40 anos em Espanha, está a ser coordenado pelo Tribunal Superior de Justiça da Galiza.
"Os corpos das vítimas ainda por identificar encontram-se em muito mau estado e o seu reconhecimento só será possível com exames periciais, através de ADN", disse ainda a fonte daquele tribunal.
Oitenta e sete feridos continuam internados em diferentes hospitais da Galiza, 32 dos quais em estado crítico (três são menores), segundo o mais recente balanço das autoridades de saúde locais. Uma criança que estava em estado crítico melhorou e foi transferida, já não estando nos cuidados intensivos.